No mês de agosto a comercialização da safra 17/18 em MT avançou 6,30 p.p., alcançando 81,17% da produção prevista. As vendas foram impulsionadas, principalmente, no mercado interno, dada a intensificação dos confinamentos e da necessidade do cereal em outros estados, o que possibilitou um preço médio negociado de R$ 23,86/sc.

Para a safra 18/19, após dois meses com as vendas travadas, houve um avanço mensal de 9,89 p.p. a um preço médio de R$ 22,49/sc, alcançando 24,17% da produção estimada. O principal fator do aumento das negociações se deve à valorização do dólar, que alcançou patamares acima de R$ 4,10/US$, além de melhores cotações para o cereal na bolsa de Chicago durante a primeira quinzena do mês.

Assim, a valorização do cereal e do dólar tem colaborado para as vendas no Estado, no entanto, as indefinições quanto ao frete rodoviário continuam sendo um fator de peso que deve ser levado em consideração na realização dos negócios.

O Mdic divulgou o volume exportado de milho para a safra 2017/18 no mês de ago/18. No Brasil, os embarques foram de 2,90 milhões de toneladas, apesar do crescimento de 147,7% em relação ao mês anterior, o volume continua abaixo do comparado com o mesmo período da safra passada em -44,86%, mas ainda acima das demais nos últimos três anos.

O baixo volume se deve, principalmente, à menor perspectiva de produção do cereal no país neste novo ano agrícola, aliada ao alongamento da janela de exportação da soja.

No que tange a Mato Grosso, a participação foi de 78,0% dos embarques do país, mas continua 24,8% abaixo em relação a ago/17, período em que o Estado colheu um recorde de produção.

Para o próximo mês, a preocupação quanto ao frete rodoviário é um fator de alerta que pode trazer impactos, visto que, após a recente alta do diesel, o governo divulgou que pretende elevar, em média, em 5% o preço do frete de cargas no Brasil.

Fonte: IMEA