Uma década de muito trabalho e o mérito compartilhado entre profissionais veterinários e Governo do Estado, que é o status sanitário diferenciado de Santa Catarina, impacta direta e indiretamente no aumento das exportações de carne suína e de aves. O reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, em 2007, e o trabalho de manutenção do status colocam Santa Catarina no posto de maior exportador de carne suína, alcançando os mercados mais competitivos do mundo. O estado adotou estratégias sanitárias e criou um serviço diferenciado, que rende prêmios e reconhecimento internacional.

Alinhado às estratégias sanitárias estaduais o assunto é tema de palestras e painéis desde o primeiro Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, realizado em 2008, dando sequência aos trabalhos dos profissionais catarinenses na manutenção do status, discutindo ainda enfermidades emergentes e reemergentes a cada ano. Luis Carlos Peruzzo, Presidente do Nucleovet lembra “ Um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Dez anos depois, esse número saltou para 274 mil toneladas e trouxe US$ 555,2 milhões para o estado, um aumento de 48,5% na quantidade e 79% na arrecadação. Prova de que investimento em sanidade tem resultados econômicos impactantes. Mais uma vez mérito de politicas publicas e do trabalho árduo de barreiristas, fiscais e demais profissionais veterinários que trabalham incansavelmente no serviço de proteção das fronteiras e divisas do nosso estado”.

Dando continuidade ao espírito de contínuo aprendizado, este ano o simpósio aborda temas como “Planos de contingência – Estamos preparados para futuros desafios sanitários – Experiência de Santa Catarina”; “Segurança alimentar – Uma visão prática da cadeia de produção de suínos (fábrica de rações, controle de MP, processos fabris, sistema de produção e indústria de processamento)”e “Biosseguridade – Protocolos mínimos de atuação”, como uma forma de contribuir com o setor, debatendo gargalos e apresentando experiências de sucesso.

Certificação Internacional

Consequência direta do reconhecimento da OIE foi a abertura de novos e exigentes mercados, o estado de Santa Catarina ganhou acesso a grandes compradores de carnes como Rússia, China, Hong Kong e mais recentemente a Coreia do Sul.

Peruzzo cita ainda que o último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007 representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE, onde receberam o certificado que faz do estado uma zona livre de febre aftosa sem vacinação.

“Dez anos depois da certificação internacional, Santa Catarina se mantém como o único estado brasileiro com esse status sanitário diferenciado. Na América do Sul, outras áreas livres da doença sem vacinação existem na Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador. Apenas o Chile é reconhecido pela OIE como país livre de febre aftosa sem vacinação”.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária – Icasa.

Panty Assessoria de Imprensa