Buscando expandir sua produção interna de carne suína, a previsão é de um futuro incerto para os valores exportados pelo Brasil. Com base nisso, a suinocultura terá um ano desafiador pela frente, conforme o AHDB, Conselho de Desenvolvimento da Agricultura e Horticultura, um órgão independente, financiado por agricultores europeus. A informação foi divulgada pelo The Pig Site.

Nos últimos dez anos, o Brasil aumentou sua produção de suínos em cerca de 3 milhões de toneladas ao ano (mais de 3,75 milhões de toneladas em 2017). A maior parte da produção é consumida no mercado interno. Até 2015, em torno de 400-500 mil toneladas de carne suína in natura e congelada foram exportadas anualmente. Em 2016, as exportações aumentaram para 629 mil toneladas, e 593 mil toneladas em 2017.

Em 2017, mais uma vez, a Rússia foi o maior mercado para a carne suína brasileira, com 43% das exportações. Desde 2012, a participação da Rússia no mercado brasileiro de exportação cresceu 25%. Curiosamente, desde 2012, a participação da China nas exportações brasileiras de carne suína aumentou de 1% em 2012 para 8% em 2017, atingindo um pico de 14% em 2016. Isso levou a China a se tornar o terceiro maior mercado de exportação de carne suína do Brasil.

O órgão europeu prevê que essa relação provavelmente mudará, já que Rússia e China procuram aumentar sua própria produção doméstica de carne suína. Isso significa que o Brasil deverá enfrentar queda nos mercados de exportação.

O volume de exportações brasileiras para outros países não corresponde às exportações para Rússia e China, o que significa que a demanda interna deverá absorver a carne não enviada para o exterior.

Além disso, segundo o AHDB, o maior interesse para investimento na produção de frangos de corte também podem prejudicar a indústria de suínos, apesar das perspectivas positivas para a economia brasileira.

>>> Leia a notícia completa (em inglês)

Tradução livre equipe Suino.com