Não há uma previsão de que os meses de janeiro e fevereiro sejam secos como no último verão

Tem muito produtor de olho nos efeitos da La Niña sobre o clima na agricultura. O fenômeno costuma causar estiagem no Sul, com efeitos já sentidos nas lavouras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e chuvas de forma mais concentrada no Centro-Oeste e Nordeste.

Durante um evento o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr), Flávio Varone, abordou o La Niña e os efeitos nos próximos meses. Para ele não há motivos para pânico. As chuvas devem diminuir no Sul nos próximos meses e esse é considerado um episódio costumeiro, especialmente na Metade Sul gaúcha. Os maiores efeitos devem se concentrar no Norte onde, em novembro, ainda tem um percentual bom de chuva, mas no geral ela diminui.

“Estamos com o La Niña agora, mas também não é tão preocupante assim, não é o fim do mundo. Em anos anteriores, já tivemos o fenômeno. É corriqueiro acontecer”, tranqüilizou. O pesquisador acredita que a diminuição da chuva no Norte e Noroeste do Estado preocupa mais, porque é uma área “extremamente” produtora e pode trazer problema neste final de primavera, até dezembro. “É uma condição que está presente, que a gente tem que ter bastante cuidado neste sentido”, alertou.

Por outro lado, Varone afirmou que, por enquanto, não há uma previsão de que os meses de janeiro e fevereiro sejam secos como no último verão. “A tendência é que tenhamos uma La Niña se concretizando até meados de janeiro, quando começa a sofrer declínio. No início do outono, as chuvas devem se normalizar. É uma La Niña rápida e fraca”, destaca.

Fonte: Agrolink