As cotações da soja tiveram na última terça-feira (20.03) mais um dia de estabilidade no mercado físico brasileiro, em compasso com as leves valorizações da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços subiram 0,06% nos portos e 0,01% no interior do País.

O analista da T&F Luiz Fernando Pacheco afirma que os preços da soja permaneceram inalterados no Brasil nesta quarta (21/03), diante da queda de 1,21% do Dólar frente ao Real, não compensada pela alta de apenas 0,2% de Chicago. “O mercado está muito especulativo e os produtores estão muito confusos, segundo o que pudemos apurar”, diz ele.

 “O mercado não sabe se a China vai ou não impor sanções contra a soja americana, porque há motivos para isto, mas ela não pode prescindir de algum volume a ser comprados nos EUA. Com isto, as cotações de Chicago subiram pelo segundo dia consecutivo, mas ainda estão longe do ápice verificado há 15 dias. Ao que parece, os vendedores do Mato Grosso estão aproveitando mais as altas, porque já comercializaram mais de 61% da safra, contra apenas 15% dos paranaenses. Nossa recomendação é de aproveitar os bons lucros atuais para garantir o ressarcimento dos custos de produção”, explica Pacheco.

 De acordo com os mapas climáticos analisados pela AgResource, no Rio Grande do Sul as chuvas continuam se generalizando so­bre todo o estado, permanecendo com este padrão por mais 5 dias, pelo menos. “No Centro-Oeste e no MATOPIBA, o padrão de precipitações continua regulares, com períodos de intensas rodadas de chuvas segui­dos de dias ensolarados. No geral, o cenário climático para Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul é propício ao desenvolvimento da safrinha”, apontam os analistas da ARC.
Fonte: Agrolink- Leonardo Gottems