A cada ano órgãos reguladores de todo o mundo passam a atender as recomendações internacionais relacionadas a prevenção e controle da resistência antimicrobiana e seus impactos à saúde pública e produção animal

Ano a ano se acentua as discussões relacionadas ao uso de antibióticos utilizados na produção animal como promotor de crescimento. Tema global que vem exigindo esforços das unidades de Pesquisa e Desenvolvimento de diversas indústrias espalhadas pelo mundo para a apresentação de soluções tecnológicas substitutivas para esta função na nutrição animal.

Na história recente pela busca de produtos alternativos a cadeia de produção de proteína animal presenciou o surgimento de diversos produtos que vão de encontro ao uso de antibióticos melhoradores de desempenho na nutrição animal. Óleos essenciais, ácidos orgânicos e fitatos, por exemplo, passaram a fazer parte do check list de formuladores como alternativos as essas exigências. “A discussão para a redução do uso de antibióticos melhoradores de desempenho não é de hoje. A comunidade europeia é um bom exemplo. De 2006 para cá o cerco fechou para uma série de moléculas, bem como para o uso terapêutico de antibióticos na nutrição animal”, lembra o CEO da Biosen, Fernando Toledano.

E nesta corrida por soluções eficazes e seguras o mercado passou a conhecer os Alfa-Monoglicerídeos, molécula que ganhou popularidade mundial em virtude de sua ação ímpar quando comparado aos ácidos orgânicos convencionais presentes no mercado. “Os alfa-monoglicerídeos oferecem a máxima performance animal e o controle microbiano sem deixar resíduos”, afirma Fernando Toledano que recorda que esta substância está presente na literatura desde a década de 60. “Contudo, havia limitação industrial. Na última década os Alfa-Monoglicerídeos passaram a ser industrializados, fruto de seis anos de pesquisa industrial da holandesa Framelco”, completa o CEO da Biosen.

De acordo com ele, a sintetização da molécula abriu novos horizontes para nutricionista e formuladores de todo o mundo. “Diversos estudos demonstraram que os Alfa-Monoglicerídeos são eficazes contra bactérias e até contra certos vírus. Devido à sua estrutura molecular são capazes de inibir as funções vitais das células patogênicas, causando a morte dessas células. Por estas características os Alfa-Monoglicerídeos passaram a ser amplamente utilizados na prática para promover a saúde animal, otimizar o desempenho animal e diminuir o uso de antibióticos e antibióticos promotores de crescimento”, relata Toledano.

Modo de ação. O modo de ação destes é complexo e múltiplo (Figura 1). As bactérias precisam de glicerol para suas funções vitais, que são retiradas do ambiente por meio de canais proteicos especializados. Esses canais de proteína podem potencialmente ser bloqueados pelos Alfa-Monoglicerídeos.

Como resultado, as bactérias não são mais capazes de absorver glicerol e morrem. Além disso, os Alfa-Monoglicerídeos podem ser transportados através dos mesmos canais de proteína. Dentro da célula bacteriana, os ácidos graxos são liberados e diminuem o pH. Processos celulares vitais, como produção de proteínas, formação de DNA e geração de ATP, sofrem então distúrbios, causando a morte da célula patogênica.

Figura 1 O modo de ação dos alfa-monoglicerídeos de AGCCs na bactéria

Além disso, eles agem principalmente nas bactérias Gram-positivas. No entanto, a literatura científica sugere que alguns desses Alfa-Monoglicerídeos também possuem propriedades antivirais (Lieberman et al., 2006). Por exemplo, produtos que contenham alfa-monolaurina estão ganhando popularidade em granjas que enfrentam desafios virais como a doença de Newcastle, bronquite infecciosa e PRRS.

Devido à estrutura molecular, os Alfa-Monoglicerídeos podem ser incorporados nas membranas de bactérias, causando distúrbio na absorção de nutrientes essenciais (Figura 2). Eles também podem interromper as membranas celulares das bactérias e certos vírus, tornando-os incapazes de aderir às células hospedeiras ou invadi-las (Thomar et al., 1987).

Outro ponto alto são as evidências de que Alfa-Monoglicerídeos são capazes de serem transportados para o sistema linfático dos animais (Sigalet e Martin, 1999). Como resultado, seu poder no combate as infecções no organismo aumentam.

Figura 2 O modo de ação dos alfa-monoglicerídeos de AGCMs na bactéria

Atualmente a Biosen é distribuidora oficial Framelco para toda a América Latina e conta com diversos trabalhos, pesquisas e a campo, que atestam as benesses sobre o uso de Alfa-Monoglicerídeos em granjas avícola e suinícolas em todo o território nacional.

Sobre a Biosen: A Biosen é uma empresa de capital austro-brasileira ligada ao setor de nutrição e saúde animal. Distribui e representa comercialmente soluções suplementares, ingredientes e tecnologias capazes de promover a saúde dos animais sem que haja a necessidade de uso de antibióticos. É composta por profissionais altamente qualificados com história de sucesso na gestão comercial e estratégica.

Fonte: Assessoria de Imprensa