A produção de suínos no Estado do Espírito Santo apresentou uma grande queda, com diminuição no número de matrizes, e o peso de abate caindo para 85 a 90kg. O resultado é uma perspectiva de queda na produção em torno de 20%, segundo o presidente da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES), José Puppin.

O abate no Espírito Santo é de 20 mil animais/mês. Este volume não chega a atender o consumo interno do Estado, que importa mais carne suína produzida em Ponte Nova (MG). Puppin calcula que o consumo per capita no Estado é de 15kg pessoa/ano.

Os suinocultores capixabas importam milho do Mato Grosso, Goiás e até do Paraná. A apreensão dos produtores está centralizada no segundo semestre, quando a situação da falta de insumos deverá ser um problema sério.
“Preços altos quebram o suinocultor”, desabafa o presidente da ASES, que tem se reunido com lideranças do Executivo do Estado e vai à Brasília para reivindicar soluções para esta questão. A importação do grão da Argentina é considerada difícil, já que o milho do país vizinho é transgênico.

A principal meta da ASES em 2003 é solucionar o problema da falta de milho.
“Sem milho não tem suinocultura”, afirma Puppin, que pretende tentar conseguir milho à balcão para os pequenos produtores.

O Ceará e a suinocultura em 2003

A produção de suínos no Ceará em 2003 vai depender das chuvas e da produção de milho, que apesar de pequena no estado, melhoraria as condições do setor.

“Quando entra a safra melhora”, afirma o presidente da ASCE, Hélio Chaves Bastos. Atualmente quase todo o milho utilizado como insumo é importado. E o milho disponível via Conab tem custos altos e é pouco atrativo. A falta de milho é a principal causa da retração do setor suinícola no Ceará. O Estado, que já teve um plantel de 13 a 14 mil cabeças no início da década de 90, hoje não tem mais que 6 mil matrizes tecnificadas, que produzem cerca de 20 leitões cada anualmente.

A produção suinícola do estado é toda voltada para o mercado interno. As metas da ASCE para 2003 é “tentar manter a chama acesa. Passar alguma mensagem otimista para os suinocultores e segurar a associação aberta”, afirma Bastos.

Fonte: Boletim ABCS.