Em um ano desafiador para o setor de proteína animal e de turbulência política e econômica, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) focou em atividades estratégicas para fortalecer toda a cadeia, de forma a manter o preço do suíno em um bom patamar e a demanda aquecida no mercado interno, possibilitando aos produtores a prosperidade nos negócios. Através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e com o apoio do Sebrae Nacional, produtores, associações filiadas, empresas amigas e indústrias, foi possível realizar ações de marketing com a finalidade de promover a carne suína em todo o Brasil e capacitações para os profissionais da área.

Com 45% do plantel nacional no FNDS, a instituição realizou um trabalho sistêmico da granja à mesa, totalizando 305 ações em parceria com as estaduais e o Sebrae, sendo 37 voltadas para a área de produção, 49 para indústria e 219 de marketing, capacitando cerca de 14 mil profissionais por meio de oficinas gastronômicas, cursos de cortes, palestras de saudabilidade e treinamentos de produção e indústria.

A atuação da ABCS ganhou força no varejo com a realização da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), iniciativa destaque deste ano que teve a parceria do Sebrae Nacional e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A maior vitrine da proteína no varejo brasileiro teve o engajamento de cinco bandeiras, Extra, Pão de Açúcar, St. Marche, Oba Hortifruti e Comper, e promoveu a carne suína em 589 lojas de 18 estados brasileiros aos clientes de classes A à C com o crescimento de até 143% em vendas. Confira um resumo da SNCS clicando aqui.

Na área de gastronomia, a ABCS investiu na criação de duas cartilhas com receitas práticas e clássicas e na produção de dez vídeos com o passo a passo, todos disponibilizados no portal Mais Carne Suína. O conteúdo foi intensificado nas redes sociais do conceito e destacou o sabor, a praticidade e a saudabilidade da proteína, conquistando seguidores e multiplicadores. Outro diferencial de 2017 foi o investimento em ações voltadas para os profissionais da saúde, entre médicos, nutricionistas, educadores físicos e estudantes – formadores de opinião na área e que atuam de forma direta com o consumidor, aptos a indicar a proteína a seus pacientes e alunos.

Segundo a diretora de projetos e marketing da ABCS, Lívia Machado, o trabalho de marketing desenvolvido ao longo do ano foi importante para o posicionamento da carne suína como proteína competitiva no mercado brasileiro. “Nossa estratégia tem sido mostrar ao brasileiro, em diferentes frentes de atuação, o potencial da carne suína e assim incentivar o seu consumo. Os resultados alcançados, sem dúvida, são referentes ao esforço que toda cadeia produtiva vem fazendo para trazer ainda mais sustentabilidade para o nosso setor”, afirma.

As indústrias foram capacitadas por meio de ações voltadas para cerca de 3 mil profissionais. Com o treinamento da série de cartilhas “Bem-Estar Animal na Produção de Suínos”, os participantes aprenderam sobre os parâmetros de alojamento e manejo nas granjas que permitem promover o bem-estar dos suínos durante todas as fases do processo de criação, durante o transporte e cuidados no desembarque e condução dos animais no frigorífico. A entidade ainda realizou sete fóruns sobre o tema em cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás e capacitou aproximadamente 2 mil profissionais.

Crescimento do FNDS

Em tempos incertezas na economia, os produtores e as empresas parceiras enxergaram no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) um meio de investir em ferramentas estratégicas de divulgação da carne suína, e criar mais oportunidades de promoção da proteína de forma a reposicioná-la no mercado. Atualmente, o FNDS conta com 767.130 matrizes, o que corresponde a 45% do plantel nacional, totalizando um crescimento de 32% em relação ao ano passado.  O aumento do número de contribuintes possibilita a realização das ações de forma a contribuir com o desenvolvimento da cadeia que conta com cerca de 20 mil suinocultores e emprega mais de 1 milhão de pessoas em todo o país.

Marcelo Lopes, presidente da ABCS, acredita que em 2018 a união do setor será fundamental para alcançar resultados ainda melhores e aperfeiçoar as atividades realizadas juntamente com todos os elos da cadeia. “Nós só temos a agradecer a confiança dos produtores pela parceria firmada em prol de uma suinocultura mais estruturada. Temos a certeza de que no ano que vem iremos vencer mais desafios e valorizar cada vez mais o nosso produto, inovando e oferecendo ao mercado consumidor a qualidade e o sabor que ele busca, o que irá beneficiar todo o setor” finaliza.

Fonte: ABCS.