O Departamento Nacional de Integração da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) participou da reunião da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na última semana, dia 21, para, dentre outros assuntos, discutir sobre a metodologia de remuneração dos produtores integrados. Este é um dos principais tópicos dentro das negociações que estão sendo debatidas pelo Grupo de Trabalho (GT) criado a partir da Lei dos Contratos de Integração (13.288/2016), que institui regras e mecanismos de transparência na relação contratual entre produtores integrados e a agroindústria.

Os representantes e membros da comissão também discutiram a proposta da agroindústria para a criação do Regimento Interno do Fórum Nacional de Integração Agroindustrial (Foniagro), a situação atual das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) e assunto gerais do setor, como a previsão de ações da Comissão para 2018.

Desde que foi sancionada, em maio de 2016, a Lei de Integração determinou que o GT deveria buscar fundamentos técnicos e acadêmicos a fim de apresentar melhorias nas relações contratuais. Até o momento, o grupo já se reuniu três vezes para definir cronograma e debater outros pontos importantes como a composição das planilhas de remuneração, observando os custos de produção, valores de mercado dos produtos in natura, rendimento médio dos lotes, dentre outras variáveis. E agora, se reúnem com representantes do setor para colher informações que ajudem a definir uma metodologia de remuneração para os produtores rurais integrados.

De acordo com Victor Ayres, Assessor Técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos, o objetivo das reuniões da comissão é ter um consenso com todo o setor produtivo sobre o que deve ser defendido dentro do GT. “A gente precisa de todo um embasamento do que acontece na realidade do campo pra levar ao grupo de trabalho e conseguir construir uma metodologia aplicável e justa para os produtores. E a gente já avançou bastante neste sentido”.

O presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos, Iuri Pinheiro Machado, diz que o foco da reunião foi, além de acompanhar os trabalhos do GT, discutir os valores de referência a serem utilizados na metodologia de remuneração, que serão levados para à submissão do Foniagro. “A nossa linha é a de escutar os produtores e os anseios de cada unidade, bem como nos balizar em cima do que a literatura indica como prática, de forma que se torne viável a longo prazo dentro do sistema de Integração e que mantenha a indústria com a sua margem, mas que o produtor também tenha viabilidade econômica nesse processo”.

Pinheiro Machado explica ainda que os critérios para definição do valor de referência terão abrangência nacional, ficando a cargo das Cadecs a adequação à realidade de cada unidade de Integração.

O diretor executivo da ABCS, Nilo de Sá, afirma que, apesar de ser um desafio, o estabelecimento de um preço de referência é uma das maiores reivindicações do setor. “Reunir os produtores de diferentes regiões, cada uma com sua realidade, e juntar as informações para definir os parâmetros de custos é um desafio para o grupo técnico, mas necessário para atender às demandas apresentadas nas reuniões”.

A ABCS, representada pelo diretor executivo e pelo seu Departamento de Integração, é parceira da CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no suporte aos suinocultores.

Fonte: ABCS