Concentrando-se nas oportunidades para o aumento do comércio com os países europeus, em nota, John Heisdorffer, presidente da American Soybean Association (ASA), agradeceu ao presidente dos EUA, Donald Trump, por abrir mercados para a soja americana em suas conversas com o presidente da União Europeia, Jean-Claude Juncker, nesta semana.

“A ASA agradece ao presidente Trump por este esforço para aumentar as exportações de soja dos EUA para a UE, uma vez que ajudará os produtores de soja a comercializar o que se espera que seja uma safra abundante neste outono. Estamos ansiosos para conhecer os detalhes do acordo e trabalhar com o USTR e aproveitar a oportunidade de aprofundar nosso relacionamento com nossos parceiros comerciais na Europa”.

O acordo sinaliza a projeção de um ambiente comercial de tarifa zero, favorável para ambas partes envolvidas. Os EUA ficaram comprometidos em exportar maiores quantidades de soja para a Europa, adiar as tarifas propostas para automóveis e trabalhar para resolver a disputa envolvendo as taxas sobre alumínio e aço europeus.

No entanto, para o Brasil, o acordo entre EUA e UE tende, a longo prazo, tornar  as exportações do país ainda mais dependentes da demanda da China. Analistas de mercado acreditam que o presidente americano tomou a decisão certa ao buscar diversificar as vendas estadunidenses.

Com o Brasil, acontece o oposto: a grande maioria das exportações tem como destino a gigante asiática.  Em 2017, cerca de 79% da soja brasileira foi para China, e a UE, mesmo na segunda posição, recebeu apenas 7,6% do total exportado. Já em 2018,  no total acumulado de janeiro a junho, o Brasil exportou 35,9 milhões de toneladas de soja em grão para a China, valor que representa 77,5% de todo o volume embarcado no período. Para a União Europeia, foram 4 milhões de tonelada, ou 8,6% do total.

Fonte: Adaptado pela Equipe Mais Soja de American Soybean Association (ASA)