Quase cinco décadas de história. É nesta quarta-feira (25) que a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS celebra mais um ano de atuação em defesa do suinocultor gaúcho. Ao total, serão 48 anos buscando, sempre, auxiliar o produtor e defender seus interesses políticos e socioeconômicos, mantendo-se sempre ativa nas discussões sobre o setor suinícola e do agronegócio. A entidade já esteve à frente de negociações relacionadas ao bem-estar animal, compra de milho, constituições e reduções das alíquotas sobre o ICMS nas vendas interestaduais de suínos.

Além disso, entre suas conquistas, está a sua Central de Produção de Sêmen (CPS). “Com pensamentos modernos e na busca constante pelo desenvolvimento da suinocultura”, define, desta forma, o presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, aqueles que iniciaram a trajetória da inseminação de suínos no Brasil.

Os pensamentos, modernos, ainda são os mesmos, porém, ainda mais intensos, já que a suinocultura está em constante desenvolvimento. O dirigente explica que, na CPS, as grandes mudanças iniciaram nos anos 2000, mas o grande diferencial começou entre 2010 e 2011. “Houve uma grande virada neste período. O melhoramento genético começou a se desenvolver em uma velocidade ainda mais rápida. E, com isso, tivemos que investir em novas parcerias e equipamentos”, explica Folador.

Desde então, novos equipamentos foram adquiridos e os profissionais ficaram cada vez mais qualificados, para assim garantir qualidade ao seu principal produto, o sêmen suíno resfriado.

Folador destaca que a responsabilidade da CPS é muito grande frente aos suinocultores que adquirem o sêmen suíno. “As exigências são ainda maiores do que antigamente. Por isso, foram realizados investimentos altos e que permitem que o suinocultor receba uma dose de qualidade e que irá fecundar as matrizes, gerando assim, novas produções de leitões”, frisa.

A disponibilização de diferentes raças e a presença das principais empresas genéticas também é um grande diferencial da CPS, que atende à demanda de todos os clientes. “A CPS vem fazendo o seu papel e contribuindo com o melhoramento genético do rebanho suíno. Além de estar entregando um sêmen de qualidade para o suinocultor, através de um equipe qualificada e equipamentos, assim como a parceria com empresas de genética”, conclui.

Com a introduções tecnológicas durante a produção, atualmente existem equipamentos que auxiliam os profissionais na análise da qualidade do sêmen, que depois é processado e envasado, por uma máquina que pode envasar até mil doses por hora.

A entrega das doses é realizada por uma equipe 100% terceirizada e qualificada com automóveis que possuem câmaras resfriadoras que mantém a dose de sêmen na temperatura certa.

 

O início da CPS

A trajetória da CPS iniciou muito antes da consolidação do projeto, no ano de 1975, quando o engenheiro agrônomo Hélio Miguel de Rose, então presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), retornou de uma viagem da Europa com a ideia de implementar a inseminação artificial de suínos.

A ideia acabou motivando o médico-veterinário Werner Meincke a assumir a atividade por meio da ACSURS. A partir disso, no mesmo ano, Meincke foi para a Holanda realizar um estágio na área. Quando voltou, começou a montar o projeto de Inseminação Artificial em Suínos nos pavilhões de exposição do Parque 20 de Maio em Estrela, onde está situada a sede da ACSURS atualmente.

Meincke relembra que, na época, essa tecnologia era utilizada apenas em bovinos, e por conta disso, a iniciativa teve muita cautela. Outro fator que demandou muito cuidado foi o sêmen suíno ser resfriado e ter um período de validade menor, ao contrário do bovino que é congelado. “No primeiro momento, os investimentos foram provisórios, haviam poucos animais e um pequeno laboratório no espaço. Não se tinha certeza de que isso seria viável”, comenta.

Para que a iniciativa seguisse se desenvolvendo, a ABCS ficou encarregada de habilitar técnicos de inseminação artificial, com o objetivo de difundir a prática no Rio Grande do Sul e no Brasil.

Inicialmente, os produtores eram atendidos por profissionais da central, e a proposta era mostrar que a tecnologia era viável e dava resultados positivos. Com o passar do tempo, começaram a ser realizados treinamentos. Assim, se enviava apenas as doses de sêmen, já que as regiões acabavam tendo os seus próprios inseminadores.

Com o sucesso do projeto provisório e tudo se consolidando, Meincke conta que se iniciou o desenvolvimento do projeto de construção da sede própria da central com uma estrutura melhor e com mais tecnologia.

Foi a partir desse movimento que a ACSURS se tornou pioneira na inseminação artificial de suínos no Brasil. Em 1979 teve a sua nova Central de Inseminação Artificial (CIAS), hoje então CPS, oficialmente inaugurada.

Desde então, a CPS passou por diversas atualizações tecnológicas, sempre buscando acompanhar todas as evoluções do setor e contribuir para o melhoramento genético do rebanho suíno.

 

ACSURS apresenta novo portal

Com design mais moderno e dinâmico, o novo portal de informações da ACSURS vem com o propósito de facilitar o processo de comunicação entre a entidade e os suinocultores gaúchos.

Totalmente reformulado, o portal trará as principais informações e orientações do setor suinícola, que poderão ser acessadas de forma mais fácil, tanto nas versões desktop ou mobile, por meio de tablets ou aparelhos celulares.

Mesmo que de “cara nova”, os dados que se encontravam anteriormente são os mesmos e se somarão a novos que foram acrescentados recentemente. O que mudará, também, é a forma de apresentação e distribuição dos conteúdos.

Além do novo layout, uma das novidades são os espaços exclusivos, onde as informações do Dia Estadual do Porco e também da Central de Produção de Sêmen – CPS serão disponibilizadas e ganharão destaque.

O site, que está em funcionamento desde o início do mês de outubro, faz parte das ações desenvolvidas para a comemoração dos 48 anos da entidade representativa dos suinocultores gaúchos.

Fonte:Assessoria de Comunicação – ACSURS