O setor do agronegócio está tendo seus prejuízos com a nova pandemia do coronavírus, mas, de forma geral, lida bem com as suas consequências, segundo informou o Rabobank. De acordo com a instituição, os impactos no agro brasileiro não estão sendo tão significativos quanto em outros setores da economia. 

Em relação ao transporte, por exemplo, mesmo que alguns municípios restringiram a circulação de veículos de outras cidades, prejudicando o transporte de grãos, a situação em geral é boa. “No entanto, em geral, um decreto federal de que a produção, processamento, transporte e entrega de alimentos são atividades essenciais e devem ser mantidas durante a pandemia, sendo respeitado e reforçado nos níveis estadual e municipal”, comenta o banco. 

Nos portos, movimentação de carga para dentro e fora do país também foi decretada como uma atividade essencial, e os portos estão funcionando normalmente. “A greve foi ameaçada em Santos no início de março. Por enquanto, o problema parece ter sido resolvido e uma série de medidas para aumentar a proteção do pessoal do porto contra a possível disseminação de coronavírus”, completa. 

Em relação as finanças e ao crédito, algumas medidas estão sendo tomadas por parte das instituições financeiras para tranquilizar os produtores e comerciantes. “Temendo que o choque nos mercados possa resultar em um aperto temporário no crédito, muitos tomadores de empréstimos tentaram aumentar a liquidez. Enquanto isso, os credores tiveram que reavaliar riscos e avaliar as perspectivas de seus próprios custos de financiamento”, indica. 

O impacto na agricultura de grãos e oleaginosas é visto como limitado. A colheita da soja está quase no fim e o plantio de algodão e milho da segunda safra foi concluído antes das medidas de quarentena serem adotadas em todo o país. Até o momento, o processamento foi suspenso em nove instalações de carne bovina (cerca de 6% da capacidade total de processamento) por 20 dias, com a possibilidade de extensão adicional, mas isso ocorre porque os agricultores nessas regiões não estão vendendo gado.

Fonte; Agrolink