“No que são produtos agroindustriais, como soja, milho e trigo, a cadeia e o marketing atuavam normalmente”

O presidente da Bolsa de Rosário (BCR), Daniel Nasini, estimou que a receita cambial das exportações relacionadas ao setor agroindustrial argentino seria de cerca de US$ 28.000 milhões em 2020, com um aumento nas vendas de grãos crus. O gerente, em um relatório com a agência Télam, garantiu que até o momento, apesar das medidas de isolamento global e medidas para mitigar o progresso do coronavírus, a exportação de grãos cresceu em comparação com 2019.

Quanto ao impacto da pandemia no comércio mundial de grãos Nasin afirmou que em todo o mundo houve uma queda significativa no preço das commodities, “mas em grãos não foi tão pronunciado como no caso, por exemplo, do petróleo”.

“No que são produtos agroindustriais, como soja, milho e trigo, a cadeia e o marketing atuavam normalmente. Além disso, mais navios saíram e mais grãos e feijões foram exportados dos portos que no ano passado. Isso ocorreu apesar da queda no rio Paraná, o que significa que os barcos, sem calado suficiente, têm que carregar menos e isso é um custo para a agroindústria que a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) calculou em US$ 240 milhões nos quatro meses período”, explicou o gerente.

Em relação ao próximo plantio de trigo, o líder da bolsa de Rosário disse que a intenção de plantar, segundo suas estimativas, fica entre 6,9 e 7,3 milhões de hectares. “As perspectivas são muito boas e o trigo poderia, sem dúvida, dar liquidez aos produtores até o final do ano. Estimamos que o plantio exigirá um investimento de US$ 1,9 bilhão e será uma campanha maior ou igual ao ano passado. No trigo, os preços eram um pouco mais altos e isso faz com que a intenção de plantar seja alta. Se o clima estiver alinhado com a produção, pode chegar a cerca de 21 milhões de toneladas de trigo”, afirmou.

Fonte: Agrolink