Este novo status, na avaliação da entidade, mostra que o modelo brasileiro de defesa agropecuária é um dos mais fortes do mundo e é fruto do esforço conjunto do setor produtivo privado e do Ministério da Agricultura para fortalecer a vigilância ativa e passiva nos estados.

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) comemorou o parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que reconheceu Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e parte dos estados do Amazonas e Mato Grosso como áreas livres de febre aftosa sem vacinação.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi comunicado na quarta (10) pelo Comitê Científico da OIE sobre a decisão, que deve ser ratificada em maio, na Assembleia Geral da Organização. Desta forma, o país amplia as regiões com esse status sanitário, pois apenas Santa Catarina tinha esse reconhecimento.

O Comitê aprovou, ainda, o reconhecimento do Paraná como livre de Peste Suína Clássica, unindo-se ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal e parte do Amazonas.

A CNA faz parte do Comitê Gestor Nacional do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PNEFA) e monitora o andamento das ações nos estados para a retirada total da vacinação do rebanho bovino brasileiro nos próximos anos.

Este novo status, na avaliação da entidade, mostra que o modelo brasileiro de defesa agropecuária é um dos mais fortes do mundo e é fruto do esforço conjunto do setor produtivo privado e do Ministério da Agricultura para fortalecer a vigilância ativa e passiva nos estados.

“É um reconhecimento do trabalho que fazemos na ponta junto ao produtor e o Brasil mostra ao mundo que o nosso rebanho é saudável. Retirar a vacinação contra febre aftosa é uma das decisões mais difíceis no âmbito de sanidade animal e isso mostra que a OIE reconheceu o nosso sistema de defesa sanitária como bem regulamentado, estruturado e de qualidade ”, destaca a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lílian Figueiredo.

Na sua avaliação, esse status também fortalece o sistema de defesa agropecuária brasileiro para o controle e erradicação de outras enfermidades e o produtor rural será favorecido no acesso a outros mercados.

“Há países que exigem a carne de áreas totalmente sem vacinação. Assim teremos mais opções de mercado externo, ampliamos o leque de estados exportadores e reduzimos custos de produção para o pecuarista”, completa Lílian.

O Plano Estratégico do PNEFA prevê, em seu cronograma, a retirada total da vacinação do rebanho brasileiro contra a febre aftosa até 2024.

“Nossos pleitos serão recomendados para análise na Assembleia-Geral da OIE, em maio. É um passo muito importante que estamos dando, resultado do desempenho das equipes técnicas do Mapa, do setor produtivo nacional e de cada estado envolvido. Seguimos trabalhando para atingir o nosso objetivo de final, que é ser um país livre de febre aftosa sem vacinação”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério e ponto focal do Brasil na OIE, Geraldo Moraes.

Fonte: Suinocultura Industrial