Caso o tabelamento do custo do frete não seja revisto pelo Governo Federal na audiência pública marcada para o próximo dia 27 de agosto, com o ministro Luiz Fux, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que a exportação de milho, que estava prevista para atingir 27 milhões de toneladas, cairá para 20 milhões de toneladas em 2018 (ver gráfico). “A imprevisibilidade gerada pelo tabelamento pode aniquilar a exportação de milho, fazendo com que o mercado perca competitividade”, afirma Sérgio Mendes, diretor executivo da Anec.

Mendes vai mais longe. De acordo com ele, o impacto em outras cadeias de valor agregado, assim como carne e frango, será enorme, inclusive sobre a venda de proteína animal no mercado externo. “Com a possível retração da produção do milho, por conta do impacto dos custos logísticos provocado pela tabela, o produto deverá encarecer, tanto para o comprador na granja, quanto para o consumidor final. Lembrando que esse commodity é fundamental para a perenidade de diversos segmentos, sendo o insumo mais importante e mais barato para a produção de proteína animal. O mercado futuro da safra de milho está travado e é uma incógnita num momento em que o Brasil poderia nadar de braçada em função da crise Estados Unidos e China”, alerta Mendes.

“O Brasil é o 2º maior produtor de milho no mercado mundial, posição conquistada com muito esforço e que está em risco agora devido ao tabelamento”, diz o representante da Anec.

O diretor aponta que, atualmente, 80% do custo do frango é alimentação. “Por isso, costumamos dizer que o frango é uma espiga que avoa”.

Sobre a Anec
Fundada em 1965, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) tem como propósito promover o desenvolvimento das atividades relacionadas aos grãos e cereais, bem como defender os interesses de seus associados perante autoridades públicas e privadas.

A entidade também realiza mapeamentos do setor no mercado nacional e internacional com intuito de auxiliar o planejamento estratégico e tomada de decisão de suas 40 empresas associadas. Tudo isso, zelando pela ética, transparência e comprometimento.

Fonte: Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec)