Na última sexta-feira (30/03), após um avanço semanal de 3,1 p.p., a colheita de soja no Estado alcançou 97,5% da área estimada à cultura da soja na safra 17/18. Neste momento, realizando um panorama geral do processo, o ritmo da colheita nesta safra ficou aquém do observado no ano passado, devido, principalmente, ao atraso no início das chuvas na semeadura.

Isso acabou por postergar um pouco o ciclo, no entanto, o ritmo seguiu muito em linha da média histórica das últimas cinco safras. Apesar das adversidades climáticas enfrentadas no início do cultivo, observa-se que, no “passar da régua”, a produção da soja vem superando as expectativas iniciais e deixando bons frutos no campo. Neste momento, restam poucas áreas a serem colhidas no Estado, de forma que a expectativa é de que o processo seja concluído a partir da segunda quinzena do mês de abril.

Confira os destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT avançou 0,55% na semana, ficando com média de R$ 63,06/saca. Este movimento foi influenciado, principalmente, pela retração na CME.

• As cotações do contrato de soja com vencimento para maio/18 em Chicago apresentaram queda de 0,07%, fechando na média de U$S 10,27/bushel.

• Depois de uma semana de tensão sobre a possibilidade de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, o dólar encerrou em alta de 0,76%.

• O prêmio pago pela saca de soja para o contrato abril/18 encerrou com média de US$ 1,04/bushel, e alta de 17,36% no período.

SURPRESA PARA O MERCADO

Na última quinta-feira (29/03) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou as perspectivas de área semeada para a safra 18/19. Neste momento, as previsões indicam que sejam destinados 36,01 milhões de hectares para a cultura da soja e 35,62 milhões de hectares ao milho, o que representa uma retração de 1,29% e 2,37% em relação à safra 17/18, respectivamente.

Estes dados acabaram surpreendendo o mercado, visto que os agentes aguardavam uma área superior para a cultura da soja, pautados principalmente pela relação entre os preços de soja e milho, que vinham favorecendo o cultivo da oleaginosa em detrimento ao do cereal.

Assim, a divulgação destes números impactou positivamente nas cotações da oleaginosa em Chicago na data. Portanto, os produtores mato-grossenses devem dar atenção às oportunidades que o mercado possa lhes proporcionar.

Fonte: IMEA