O departamento de economia da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul – divulgou na primeira semana de abril o custo de produção para a segunda safra do milho 2020/2021. Segundo a Associação, para cada hectare plantado o agricultor sul-mato-grossense investiu cerca de R$ 3.311,34. O cálculo considerou uma produtividade média de 85 sacas por hectare e um preço médio de R$ 44,20 por saca de 60 quilos de milho.

A metodologia do estudo levou em consideração a diferença entre custos fixos e custos variáveis e, de acordo com a Aprosoja/MS, os principais fatores que pesam no bolso do produtor são considerados variáveis, correspondendo a 91,51% do custo total. Sementes transgênicas, fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas, entram no grupo de custo variável, pois apresentam variabilidade ampla de preço ao longo do ano. E dentro deste grupo, os insumos são os que mais colaboram para formação do custo, representando 67,16% do custo variável e 61,46% do custo total.

“O objetivo do estudo foi identificar todas as variáveis que compõem o custo de produção e como podem ser calculadas individualmente por cada propriedade rural. Ele também oportuniza gargalos na própria produção, garantindo equilíbrio econômico da porteira para dentro. Todavia, não se pode esquecer as intempéries climáticas, que influenciam a safra substancialmente e, podem aumentar ou reduzir, a produtividade no campo, além de influenciar no preço do grão. ” destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

O custo fixo por sua vez representa 5,09% do custo total, sendo o custo com mão obra fixa (3,65%) o principal fator responsável pelo seu valor.

A Aprosoja/MS ainda sinaliza nos estudos que a principal contribuição do levantamento está relacionada à possibilidade de produtores, pesquisadores e demais interessados, analisarem a média de custo para produção de milho transgênico, consorciado com braquiária, por hectare, em Mato Grosso do Sul. “Assim os produtores podem correlacionar com os próprios custos levantados em suas propriedades e até mesmo utilizar como base para uma elaboração futura. O compartilhamento de dados permite estudos cada vez mais detalhados e individualizados e torna possível a tomada de decisões, já com o custo de produção elaborado, aumentando a possibilidade de acertos nas escolhas presentes e futuras”, destaca Dobashi, que ainda aponta a possibilidade de o produtor identificar gargalos nos custos e intervir no ponto específico com eficiência, em vista da descrição das variáveis do custo de produção.

De acordo com a economista da Aprosoja/MS, Renata Farias, o estudo acompanha métodos para elaboração do custo de produção já desenvolvidos e testados por entidades como a Conab (2010, 2015), IMEA (2020), Embrapa (2020) e Cepea (2015). A metodologia adotada é uma mescla das variáveis utilizadas em diversos estudos, a fim de compor os custos variáveis, fixos, operacional e total, com complexidade e veracidade do produtor do agronegócio.

Fonte: Assessoria de Imprensa