Por Pedro Coelho Afonso, economista e graduado em Relações Internacionais*

O movimento no mercado financeiro desabou no mês de maio após o Ibovespa cair mais de 10%. Porém, no mês de julho, contrariando muitas expectativas pessimistas, já é possível enxergar traços de uma recuperação real. O mês de julho foi marcado por tréguas no mercado, pós as perdas que ocorreram em maio e junho deste ano e impactou também no dólar. Mesmo com estas recuperações os ativos se mantém convivendo com uma volatilidade intensa.

A recuperação é muito nítida, pois contamos com movimentos muito precisos, com correção de 3% no dólar, subida da bolsa de valores, que acabam por não representar nenhum impacto significativo na acumulado anual, pois houve ajustes bem acentuados nos meses passados.

Com a baixa do dólar, os fundos cambiais que acompanham as variações da moeda americana cederam cerca de 4%. O Ibovespa, por exemplo, mesmo com sua queda de 1,31% no pregão não afetou o bom desempenho do mercado de ações no mês.

A alta do mercado presente em julho foi sustentada principalmente por um maior desejo por risco no exterior.

Percebe-se que aparentemente é uma quitação do mercado em relação às expectativas das eleições que vem se aproximando. Mas enquanto não estivermos com os presidenciáveis muito bem definidos dificilmente teremos uma tendência mais clara de movimento, queda ou alta.

 

*Possui mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro, passando por grandes instituições, sempre na área de gestão de investimentos, como o Banco Santander, Rio Bravo e Nest Asset Management