A demanda inesperada por soja brasileira neste segundo semestre do ano por parte, principalmente, da China está fazendo os prêmios subirem com mais vigor a partir de março, quando a preferência é pelo produto de nosso país. É o que aponta o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.

Os prêmios são a diferença entre a cotação da Bolsa de Chicago (CBOT) e o preço que o importador está disposto a pagar pela mercadoria em cada porto. Esse indicador é diferente de um local para o outro e pode ser entendido como “sinais de aumento ou redução da demanda” naquele terminal portuário, explica o especialista.

“Se a demanda aumenta e as cotações de Chicago não – com certeza os prêmios aumentarão”, afirma Pacheco. Por outro lado, de acordo com ele, se ao contrário as cotações do mercado norte-americano subirem, é possível (mas não automaticamente) que os prêmios permaneçam estáveis ou reduzam.

“Infelizmente este aumento dos prêmios ainda não está se traduzindo em aumento de preços para o agricultor, devido aos humores das oscilações do dólar e da própria Bolsa de Chicago, que caiu por 11 sessões (quase) consecutivas e agora ensaia uma reação, ainda muito técnica, com os Fundos tentando realizar lucros sobre as muitas vendas realizadas no período”, ressalta o analista da T&F Consultoria Agroeconômica.

Ainda de acordo com Pacheco, o dólar terminou a terça-feira em queda ante o real, acompanhando o mercado externo em dia de agenda tranquila e volume mais fraco com muitos investidores fora do pregão para as comemorações de final de ano.

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems