Uma bactéria comum no solo pode ser a chave para preservar o poder de matar germes da penicilina, de acordo com o Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) do Departamento de Agricultura dos EUA. A informação foi divulgada pelo site Feed Stuffs.

Cientistas do USDA em Illinois ajudaram a produzir o antibiótico em massa durante a Segunda Guerra Mundial para tratar soldados aliados e, mais tarde, civis. Entretanto, décadas de uso disseminado permitiram que alguns germes desenvolvessem resistência à penicilina.

Uma estratégia para combater essa resistência está sendo estudada por uma equipe de cientistas liderada pela ARS a partir do grupo bacteriano Streptomyces, encontados no solo. Essas bactérias secretam um composto chamado “tunicamicina” e impedem que as bactérias rivais alcancem o alvo, como a matéria vegetal em decomposição.

Isso inclui afastar agentes patogênicos como o Staphylococcus aureus, que causa infecção em pessoas e animais. A tunicamicina funciona formando buracos nas paredes celulares das bactérias invasoras, fazendo com que elas explodam e morram, disse a ARS.

Os pesquisadores sabem da tunicamicina há décadas e, inicialmente, ficaram entusiasmados com suas perspectivas médicas e veterinárias, especialmente como uma maneira de superar a resistência de alguns patógenos a drogas à base de penicilina, como oxacilina e meticilina. No entanto, o problema foi que a tunicamicina também bloqueou uma proteína chave em humanos e, em testes de laboratório, misturando a tunicamicina modificada com oxacilina e outras drogas à base de penicilina os tornou 32 a 64 vezes mais potentes, segundo o químico Neil Price e seus colegas da ARS.

A tunicamicina modificada não prejudicou as culturas de células humanas e de hamster quando foi adicionada em testes de toxicidade, relatou a equipe em uma edição recente do Journal of Antibiotics.

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Tradução equipe Suino.com