De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, a dinâmica altista permanece no mercado físico do milho brasileiro. Na última segunda-feira (19.02), a cotação da B3 (novo nome da Bolsa que compreende os segmentos Bovespa, BM&F e Cetip) subiu 0,59% (chegando a 4,42% no mês) e o preço médio em Campinas, apurado pelo Cepea, subiu 0,42% (acumulando 4,43% no mês).

Segundo informações de mercado, a baixa disponibilidade de milho é o fator chave das valorizações. Ainda que os estoques de passagens sejam robustos, produtores locais não demonstram interesse em comercializar milho. Nos últimos dias, inclusive, os produtores que necessitavam fazer caixa e realizar alguns pagamentos aproveitaram os bons preços da soja na CBOT (Bolsa de Chicago/Estados Unidos) para negociar a oleaginosa no físico, restringindo ainda mais o ímpeto de vendas.

 O frete mais alto, por conta da colheita de soja no restante do país, também impede a entrada de milho de outros estados (tributado) e os intermediários, que ainda possuem estoques, optam por negociar lotes pequenos.

“Alertamos para o fato que as chuvas dos últimos dias seguem dificultando a colheita e que os grãos que chegam, consequentemente, acabam ficando fora de padrão (umidade alta). No front externo, a preferência pela soja também continua. A soma dos lineup’s de todos os portos nota-se uma grande redução dos navios nomeados para todo o mês de fevereiro, enquanto o da soja está com um volume crescente”, conclui o analista a T&F, Luiz Fernando Pacheco.

Fonte: Agrolink-Leonardo Gottems