Livre de PSA há quatro décadas, o país vem adotando medidas preventivas para evitar um eventual carreamento do vírus ao território brasileiro. Ao mesmo tempo, tem implementado ações visando a erradicação completa da Peste Suína Clássica

Desde 2016, a Peste Suína Africana (PSA) vem causando estragos em boa parte do mundo. Com exceção das Américas e da Oceania, os demais continentes foram impactados, gerando bilhões de dólares em prejuízos. Para evitar que essa doença chegue ao Brasil e infecte o rebanho suíno, diversas ações vêm sendo tomadas.

Dentre as medidas tomadas para evitar que a PSA chegue ao Brasil, vale destacar o Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (Gepesa), que foi criado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O objetivo é trabalhar no monitoramento e prevenção da PSA. O grupo conta com a participação de representações regionais do setor produtivo e órgãos de pesquisa atuantes na suinocultura nacional.

O projeto também foca em reduzir os riscos para o setor produtivo brasileiro e tem como foco principal a avaliação de estratégias adotadas internamente, bem como a análise de erros e acertos cometidos por países que enfrentaram o problema, sob a perspectiva de atuação do setor privado. Além disso, a ABPA estruturou o plano estratégico de comunicação de prevenção e, também, em uma eventual situação de crise. Uma série de ações já foi colocada em prática para disseminar informações de prevenção à doença. Vale lembrar que o Brasil é livre de PSA há quatro décadas.

Erradicação da PSC

Em outubro de 2020, foi confirmado um foco de Peste Suína Clássica (PSC) no município de Parnaíba, no Piauí. Apesar de também ser uma doença preocupante, é notoriamente menos severa que a PSA.
Atualmente, ainda há focos da PSC em algumas cidades do Estado Nordestino, mas a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) vem monitorando a situação, realizando interdições e sacrificando animais, com o objetivo de não permitir que a doença se espalhe.

A PSC é uma enfermidade de notificação obrigatória pela OIE, com a consequente definição de status de Zona não Livre (ZnL) para a região ou zona onde se notifica a ocorrência da doença. O Brasil é reconhecido como livre de PSC em boa parte de seu território, tendo apenas em algumas regiões do Norte-Nordeste a chamada Zona não-Livre.

Diante desse cenário e do risco de perda de status das zonas livres para esta doença, o Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA), publicou, por meio da Portaria SDA nº 264, de 10/12/2019, o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, cujo objetivo é a erradicação da doença na ZnL do Brasil, reduzindo as perdas diretas e indiretas causadas pela doença e gerando benefícios pelo status sanitário de país livre.

Como parte da estratégia, o Plano prevê a implantação de um programa de vacinação sistemática contra a PSC de forma regionalizada, associada às demais atividades de prevenção da doença e ao fortalecimento dos Serviços Veterinários Estaduais (SVE). O objetivo principal da vacinação é a eliminação do vírus com a consequente redução da morbidade e mortalidade pela doença.

Fonte: Suinocultura Industrial