Brasil compra quase 200 mil t de arroz dos EUA, Índia e Guiana, estima Abiarroz

“E já se fala não oficialmente de uma nova cota sendo aberta para 2021”, acrescentou a publicação.

Nos últimos reportes semanais, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) também tem registrado vendas de arroz aos brasileiros, com um total de 37 mil toneladas, volume que já supera compras registradas em todo o ano de 2010, quando o Brasil acessou pela última vez o mercado norte-americano com mais força.

Sobre os demais fornecedores, o presidente do sindicato da indústria de arroz de Minas Gerais (Sindarroz/MG), Jorge Tadeu Meirelles, disse à Reuters nesta quinta-feira que a entidade negociou a compra de, aproximadamente, 25 mil toneladas do cereal com a Índia.

“Fizemos a compra de arroz beneficiado, quem está trazendo é a ADM (Archer Daniels Midland)… já tínhamos uma negociação adiantada, havia um navio que viria pra cá e prevíamos que a isenção da taxa iria acontecer… quando confirmaram, fechamos”, afirmou Meirelles.

Ele acredita que o produto tende a chegar ao Brasil a partir da segunda quinzena de outubro e, até o momento, não há nenhuma outra negociação em vista com o sindicato.

Apesar das movimentações para baixar o preço interno, a cotação da saca de 50 kg do arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro, segue renovando recordes, ao atingir 106,24 reais na quarta-feira, máxima histórica, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Com isso, Meirelles calcula que o cereal importado está mais competitivo que o nacional.

Para o presidente do sindicato, ainda que os preços caiam em janeiro, com a entrada da safra nacional, não há espaço para recuos abaixo de 85 a 90 reais por saca, devido ao aumento nos insumos de produção, com impacto na ponta final.

“O pacotinho de arroz a 15 reais no supermercado não vai dar mais. Vai ser de 25 a 30 reais mesmo.”

Fonte: Reuters