A busca por produtos Halal no mundo aumenta a cada ano. O alimento permitido no Islã, de acordo com a regras de Deus escritas no Alcorão, é denominado Halal, que em árabe significa lícito, autorizado, ou seja, alimentos que seguem 100% todas as normas da jurisprudência islâmica para consumo dos muçulmanos.

O gasto muçulmano com a economia halal atingiu US$ 2,1 trilhões em 2016, representando 11,9% das despesas globais. Só o setor de alimentos e bebidas leva os muçulmanos a gastarem US$ 1,24 trilhão, de acordo com o Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica de Dubai (DIEDC). Em segundo lugar as roupas e acessórios consomem US$ 254 bilhões, em seguida vem o segmento de mídia e entretenimento com US$ 198 bilhões, turismo com US$ 169 bilhões e produtos farmacêuticos e cosméticos com US$ 83 bilhões e US$ 57,4 bilhões, respectivamente. Globalmente, as despesas muçulmanas em alimentos e bebidas devem alcançar as cifras de US $ 1,58 bilhão em 2020. São 60 países muçulmanos no mundo. Atualmente, há em torno de 1,8 bilhão de islâmicos, ou seja, praticamente ¼ da população.

O Brasil é considerado o maior produtor e exportador mundial de carne bovina, segundo maior de frangos e líder nas vendas de carne Halal, especialmente comercializada para muçulmanos.

Hoje, no mundo, há 57 países reconhecidamente islâmicos – dentre os quais são 22 países árabes – que importam alimentos Halal. O Brasil é um dos maiores exportadores para a maioria deles. A comunidade islâmica  – fora estes países – está presente em todo o mundo, como Europa, África e Ásia. “Produzimos somente 33% de nossa capacidade. Temos uma grande novidade que o Brasil poderá iniciar a exportação para Indonésia a partir deste ano. O mercado da Indonésia representa um potencial em torno de US$ 80 milhões”, ressalta Ali Saifi, diretor executivo da Cdial Halal.

Os Emirados Árabes Unidos importam US$ 20 bilhões de produtos de consumo Halal, segundo a consultoria Farrely & Mitchell (em recente pesquisa), especializada em alimentos e agroindústria.

Conheça um pouco mais sobre a técnica de Abate Halal

Todos os alimentos são considerados halal desde que não seja: carne de porco e derivados; uso de álcool; animais que são abatidos de forma imprópria; não desrespeitem as leis do alcorão e que não sejam em nome Alláh (significa Deus em árabe); sangue ou produtos feitos com sangue; produtos que tenham sido contaminados com os citados acima.

Há toda uma técnica que deve ser respeitada, para que a carne seja consumida.

Passos:

1. O animal deve ser abatido por um muçulmano. Na hora do abate o profissional deve pronunciar o nome de Alláh e a face do animal deve ser voltada para a Meca.

2. A faca deve estar bem afiada e atingir de uma única vez os três principais vãos (jugular, traqueia e esôfago) do pescoço em movimento de meia-lua.

3. A morte deve ser rápida para evitar o sofrimento do animal.

4. O sangue deve ser retirado totalmente da carcaça para evitar qualquer contaminação.

5. Após a degola e o escoamento do sangue, a carcaça deve ser lavada e higienizada e toda a água do processo deve ser extraída.

6. Para higienização deste ambiente não pode ser realizado de forma alguma com álcool (produto proibido para os muçulmanos).

7. Todo o processo de abate e de transporte (do congelamento ao carregamento) desta carne são fiscalizados por um auditor ou supervisor da Cdial Halal

8. Para que não haja contaminação com outros tipos de carne (porco, por exemplo), é importante que aquele determinado frigorífico seja destinado somente ao abate halal.

Cdial Halal é uma referência global em Certificação Halal e mantém parcerias estratégicas com empresas de alimentos de classe mundial. Cresceu focada no seu negócio com atividades relacionadas ao abate de frangos, perus, patos e bovinos, incluindo também produtos industrializados.

Fonte: LN Comunicação