O Brasil concluiu o primeiro semestre de 2021 com recorde histórico nas exportações de soja em grão e no complexo da oleaginosa. De acordo com os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados na quinta-feira (1), as exportações do grão em junho foi de 11,12 milhões de toneladas, levando o acumulado entre janeiro e junho a 61,3 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, o acumulado foi de 58,8 milhões de toneladas.

O volume exportado em junho ficou aquém do esperado e também abaixo dos 12,74 milhões de toneladas embarcadas em junho de 2020. No entanto, o faturamento foi pouco mais de US$ 1 bilhão maior em função dos bons preços praticados para a soja brasileira, ficando em US$ 5,3 bilhões, contra US$ 4,295 bi há um ano.

Essa diminuição no ritmo dos embarques no último mês, como explica Vlamir Brandalizze, é normal, e que agora o que se deverá observar é uma demanda interna mais intensa, com força vinda, principalmente, do setor de rações.

“A safra foi grande, embarcamos muito no primeiro semestre, e é natural que vejamos esse ritmo menos intenso agora”, diz o consultor da Brandalizze Consulting. Ainda segundo ele, com esse consumo interno mais forte – inclusive ganhando ainda mais tração com essas baixas temperaturas e geadas, e os animais consumindo mais – o restante do volume a ser comercializado da safra 2020/21 deve ser “disputado”, promovendo, inclusive, uma valorização dos prêmios da soja no Brasil.

Contabilizando todo o complexo soja – grão, farelo e óleo – outro recorde é registrado com um volume de produto exportado alcançando 70,8 milhões de toneladas, contra 68,5 milhões do ano passado, no primeiro semestre. Somente em junho, o faturamento do complexo foi de US$ 6,340. “O que significa mais de R$ 32 bilhões para o Brasil em divisas”, diz.

Fonte: Notícias Agrícolas