O Brasil é parte integrante do declínio da indústria avícola global, com restrições comerciais e medidas que prejudicam o setor, destacou o relatório do Rabobank Poultry.  O analista sênior do Rabobank para proteína animal, Nan-Dirk Mulder, descreveu o comércio global de aves como “altamente volátil” e disse que as turbulências devem continuar no segundo semestre de 2018. A informação é do Global Meat News.

Mulder destacou alguns fatores para esse cenário:

– As exportações brasileiras de frango devem cair 10% e a produção deve cair 3%, como resultado de vários fatores. Um deles é a retirada pela União Europeia de 20 indústrias brasileiras da lista de permissões de exportação, devido à violação de requisitos relativos ao controle das salmonelas. Isso afeta pesadamente o mercado mundial de peito de frango, de acordo com o analista, que revelou que a União Europeia é o principal importador deste produto.

– Em resposta aos impostos sobre as importações chinesas, o país asiático anunciou um conjunto de impostos de importação sobre os Estados Unidos. A partir de julho, as tarifas devem afetar produtos agrícolas, incluindo a soja. Embora ainda haja espaço para negociação, se isso acontecer, também agitará o comércio global nos próximos meses, com os preços dos alimentos chineses subindo.

– À medida que os comerciantes recorrem ao Brasil para obter soja, os preços locais da oleaginosa também subirão, impactando os resultados já fracos da indústria avícola brasileira.

– A China emitiu uma salvaguarda especial sobre as importações de aves brasileiras. Isto levará à implementação de taxas e certamente afetará os volumes de importação.

– A Arábia Saudita está em processo de implementação de novos padrões de tolerância halal, que já levaram a uma queda de 30% nas importações no primeiro trimestre de 2018. A Arábia Saudita é o mercado de exportação número um do Brasil e um importante comprador de aves inteiras.

Equipe Suino.com

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