O diretor de capital de risco corporativo da Syngenta Ventures, Derek Norman, afirmou que empreendimentos iniciantes agrícolas com grandes ideias, mas sem fundos, podem utilizar as empresas de capital de risco em troca de dinheiro. Nesse cenário, a AgFunder informou que US$ 4,2 bilhões foram investidos globalmente no setor agrícola.

“Estamos sempre à procura de ideias que batam no botão da novidade. As empresas que são bem-sucedidas têm fundadores visionários. Eles têm que ser bem persistentes. Se eles estivessem fazendo o que todo mundo está fazendo, eles não seriam empreendedores. Eles precisam ser nervosos para acreditar em sua visão, mas um pouco fundamentados no mundo real. Essa é uma linha tênue”, informa ele.

Como exemplo, ele cita a Blue River Technologies, que iniciou os trabalhos no mundo todo insistindo na análise de cada planta em separado, se tornando uma referência para os demais.  No entanto, ele lembra que nem toda ideia que parece muito boa no início pode funcionar, já que muitas empresas acabam tendo que mudar o foco.

Jon Hjelm, diretor administrativo da Piper Jaffray, vê startups e empresas de capital de risco ajudando a movimentar a agricultura nessas direções até 2030. “Esta é uma cadeia de valor cada vez mais complexa. Por exemplo, há clientes que querem especificamente saber mais sobre onde o grão é produzido, como no centro de Dakota do Sul. Muitas empresas estão olhando como entregar isso”, comenta.

Um ponto fundamental para ele é produzir mais enquanto reduz os impactos ambientais. “Isso é desafiador, especialmente com a ocorrência de condições climáticas mais voláteis. Estamos olhando para as coisas que permitem que esses CEOs dos fazendeiros sejam mais resilientes”, finaliza.

 

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems