A Cargill, uma das maiores empresas de alimentação no mundo presente no Brasil há 53 anos, passa a contratar profissionais para cargos de liderança por meio do “currículo cego”. O modelo de recrutamento criado na Europa tem como objetivo eliminar o viés inconsciente e impulsionar a contratação de profissionais por suas qualificações e competências. Com isso, a Cargill pretende aumentar a quantidade de mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTIs comandando equipes, pessoas e negócios.

Na prática, serão omitidos na fase inicial de triagem dos currículos os dados pessoais dos candidatos, como gênero, idade e raça, sendo somente revelados na etapa de entrevistas pessoais. “É um processo que combate a discriminação ou pré-conceitos e possibilita a criação de uma equipe diversificada, deixando de lado possíveis julgamentos sexistas, sociais ou raciais”, afirma Simone Beier, diretora de recursos humanos da Cargill no Brasil.

Para que o modelo seja adotado com sucesso na Companhia, os gestores passam por treinamentos e participam de discussões sobre inclusão e diversidade. “É importante que os responsáveis pelas etapas seguintes estejam sempre abertos e focados em avaliar um candidato por suas qualificações, tentando desconstruir qualquer outro viés inconsciente”, ressalta Simone Beier. “A Cargill tem hoje no Brasil três grupos focados em diversidade: AfroCargill, Mulheres Operando no Brasil (MOB) e o Pride Network. Participando desses grupos, funcionários e gestores são educados para quebrar preconceitos e criar consciência de que para incluir é preciso dar o primeiro passo”, explica.

Programa de estágio foi o primeiro processo a passar por mudanças

No Programa de Estágio 2017, a Cargill empregou diversas mudanças em seu processo seletivo. Com o objetivo de ter uma maior diversidade entre os estagiários, em linha com as diretrizes locais e globais, ficou definido que os candidatos não poderiam apontar onde estudam nos currículos, nem para os recrutadores durante a entrevista final. Isso fez com que houvesse uma independência em relação ao aluno e a reputação das universidades e os recrutadores puderam focar nas habilidades apresentadas pelos estudantes.

O resultado foi a contratação de 40,1% de mulheres e 3 vezes mais estudantes de faculdades com classificação inferior a cinco ou quatro estrelas, segundo avaliação do MEC. “Queremos trazer uma nova personalidade para o corpo de funcionários da Cargill e, por meio dessas mudanças, acreditamos que ficará mais fácil buscarmos profissionais que tenham as habilidades e competências que vão ao encontro da filosofia e da cultura da Cargill”, finaliza Simone.

Fonte: Assessoria de Imprensa Cargill