De acordo com análise da instituição, queda das importações por parte dos países árabes, do preço da proteína no mercado externo e aumento nos custos de produção pressionam setor

Enquanto o embarque de carne bovina para o mercado externo aumentou 15% e da suína, 40% de janeiro a julho, as exportações da proteína de frango ficaram praticamente estáveis, de acordo com análise do Itaú BBA, mesmo com a China demandando boas quantidades da carne de aves. Na análise do banco, os volumes enviados a outros países e, principalmente, aos árabes, têm ficado aquém do esperado.

Há de se ressaltar também o recuo no preço de exportação da carne de frango e da forte queda do preço do petróleo, complicando ainda mais a situação da presença da proteína brasileira nos países árabes.

No mercado interno, até maio os preços tiveram efeito positivo em função da redução do alonajemnto de pintinhos de corte, mas isso não foi suficiente para melhorar a margem do avicultor, pressionado pelos custos de produção. Além disso, em junho, o alonajemnto aumentou 11% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e na análise do banco, seria prudente que os avicultores amenizassem o ritmo de alojamentos em uma tentativa de equilibrar a oferta à demanda.

Conforme a análise do Itaú BBA aponta, até o final de 2020, a boa conjuntura para a carne bovina e suína deve ajudar a trazer um cenário mais favorável ao frango, além da tradicional demanda de final de ano.

Segundo o banco, por causa da elevação dos custos de produção, para que o o spread da avicultura retomasse os 10%, seria preciso que o preço da ave viva aumentasse cerca de 15%.

Fonte: Itaú BBA + Notícias Agrícolas