As exportações brasileiras de carne suína in natura e processada para a China cresceram 161% em volume nos primeiros quatro meses do ano, atingindo 131,686 mil toneladas, ante 50,472 mil toneladas do primeiro quadrimestre de 2019, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A receita com os embarques no período subiu 225%, saindo de US$ 106,129 milhões no primeiro quadrimestre de 2019 para US$ 344,732 milhões de janeiro a abril deste ano. O valor corresponde a 53,3% das exportações totais de carne suína pelo Brasil, que somaram US$ 650,3 milhões entre janeiro e abril de 2020.

No mês de abril, as vendas de carne suína à China totalizaram 34,257 mil toneladas, uma alta de 103% sobre as 16,836 mil toneladas de igual mês de 2019, conforme os dados da ABPA. A receita com esses embarques alcançou US$ 88,880 milhões em abril, aumento de 136% sobre as US$ 37,666 milhões de igual mês de 2019. Com isso, a fatia da China no total das exportações de carne suína pelo Brasil em abril, que foi de US$ 165,2 milhões, ficou em 54,1%, segundo a ABPA.

A demanda da China por carne suína tem sido puxada pela queda na oferta de proteínas naquele país em decorrência da peste suína africana, que reduziu drasticamente o rebanho local. Essa maior procura também tem valorizado o produto na exportação. Em abril deste ano, o preço médio da carne suína ficou em US$ 2.594 por tonelada ante US$ 2.237 por tonelada em igual mês de 2019.

Fonte: Estadão Conteúdo