Dados do Consórcio Antiferrugem, da Embrapa, mostram que a safra 2020/21 já registra mais casos do que toda safra passada. São 224 ocorrências contra 213 em 2019.

O estado mais afetado é o Paraná, com 89 casos. Em segundo aparece o Rio Grande do Sul, com 65 e em terceiro Mato Grosso do Sul com 21 ocorrências. Ainda aparecem na lista Santa Catarina (10), Goiás (9), São Paulo (8), Bahia (8), Tocantins (5), Mato Grosso (4), Minas Gerais (4) e Maranhão (1). Por estádio o R5 (início da formação e enchimento dos grãos), concentra o maior número, com 134 casos. Os números variam a cada dia. A consulta foi feita na manhã desta sexta-feira (19).

O primeiro caso foi registrado no começo de dezembro, em Itaberá (SP), em lavouras comerciais próximas a soja perene (Neonotonia wightii), hospedeira do patógeno da doença. A partir do final de janeiro de 2021 é observada uma explosão de casos. Para se ter ideia no início de janeiro, o país computava apenas 88 casos e no dia 15 já eram 192 ocorrências. Esse número é o maior (até 15 de janeiro) desde a safra 2016/2017, quando o país acumulava 133 casos da doença.

A Ferrugem Asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e é uma das mais importantes doenças da cultura, sendo adotado vazio sanitário em vários Estados produtores como forma de combater a proliferação do patógeno pelas safras. Desde que foi identificada no sul do Paraná há 19 anos, já foi responsável por perdas superiores a R$ 150 bilhões no cultivo da soja.

Fonte: Agrolink