A ciência não tem fronteiras. Cientistas acabam de propor um uso diferente para o código da vida: a armazenagem de diversos tipos arquivos digitais. Isso mesmo. Há pelo menos quatro anos, está em desenvolvimento uma tecnologia capaz de guardar dados em DNA. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Washington junto com especialistas da Microsoft demonstraram o primeiro sistema automatizado para armazenar e recuperar dados dessa maneira.

Precisamos armazenar dados em DNA?

Você já se perguntou para onde vão todas as informações que geramos e armazenamos todos os dias? São inúmeros textos, fotos, vídeos e músicas que são compartilhadas em um universo digital que muita gente acha que fica na nuvem. O que muitos acabam esquecendo é que até mesmo a “nuvem” precisa de um espaço físico e também de silício, um elemento químico utilizado na produção de chips para processadores.

Para se ter uma ideia, somente em 2018, geramos 33 zettabytes (ZB) de dados, o equivalente a 33 trilhões de gigabytes (GB). As previsões mostram que, em 2040, será necessário de 10 a 100 vezes mais o suprimento global de silício para chips. Por isso, desenvolver uma tecnologia que seja mais eficiente e compacta para o armazenamento de dados é tão importante e urgente.

Transformando o DNA em um HD

Na verdade, o DNA já é um HD. O código genético de todos os seres vivos é armazenado e transmitido aos seus descendentes por meio dessa molécula. A inovação é produzir um DNA capaz de guardar e reproduzir os informações que não têm relação com transferência de características de um organismo a seu descendente.

O DNA é constituído por uma dupla fita formada por quatro bases nucleotídicas – adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G). Uma vez formada, essa estrutura é compactada ao ponto de ser internalizada dentro de células muito menores que o próprio DNA, essa característica permite o armazenamento de grandes quantidades de dados em pouco espaço.

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Fonte: CIB