A China é o principal destino da soja mato-grossense, onde é utilizada basicamente para alimentação suína, sendo esta a proteína mais consumida naquele país.

De acordo com o USDA, em 2019 o rebanho suíno chinês está estimado em 373,80 milhões de cabeças, uma redução de 12,67% ante os 428,07 milhões de 2018, resultando numa queda de produção da carne de 4,97%, projetada em 51,35 milhões de toneladas.

Esta redução é atribuída aos prejuízos causados pelo surto da Febre Suína Africana (FSA) no território chinês — que até o momento somam 115 surtos reportados à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) — e acendem um alerta sobre seus possíveis impactos.

Isto porque, um enfraquecimento no consumo de soja pela China, aliado aos altos estoques de soja americana, e uma safra sul-americana sem grandes quebras, são fatores que podem pressionar as cotações do grão.

Confira os principais destaques do boletim:

• Na última semana o indicador Imea – MT fechou com cotação média de R$ 63,93/sc, avanço de 0,86% puxado pela alta na cotação do grão em Chicago.

• A cotação na CME Group encerrou a semana com alta de 1,23% para o contrato corrente, motivada por informações climáticas que podem influenciar a área de soja nos EUA.

• Apesar da tensão política em alguns dias na semana anterior, isso não foi suficiente para a recuperação do dólar. A moeda norte-americana fechou com queda de 0,72% e cotação média de R$ 3,80/US$.

• O preço Cepea Paranaguá encerrou com preço médio de R$ 78,24/sc, queda de 0,41% ante a semana anterior.

Exportação de farelo:

O farelo de soja é um subproduto do grão de grande importância para o setor de produção animal. Como grande produtor, Mato Grosso também exporta significativos volumes de farelo, tendo este considerável importância nas receitas do estado.

A exportação de farelo em 2019 acumulou até o momento 724,11 mil toneladas, uma redução de 14,31% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, porém ainda acima da média dos últimos cinco anos.

Essa diminuição em relação ao ano passado pode ser explicada, principalmente, devido ao fato de que o mercado interno se mostrou mais atuante, e com isso influenciou no volume de exportações.

Para 2019, com a safra argentina normalizada — que é o maior exportador de farelo de soja do mundo — a tendência é que o volume de exportado fique abaixo ao de 2018, quando o Brasil ocupou parte do share de mercado deixado pela quebra da safra argentina.

Fonte: IMEA