China pretende criar mais suínos e tirar produtores da pobreza

Cerca de 15 grandes empresas planejam investir US$ 7,14 bilhões em fazendas

A China quer que grandes produtores de carne suína invistam bilhões em fazendas de suínos rurais para combater a pobreza e aumentar o suprimento de carne que foi esmagada por uma doença mortal dos suínos.

Cerca de 15 grandes empresas planejam investir 50 bilhões de yuans ( US $ 7,14 bilhões ) em fazendas menores para criar 22 milhões de suínos, disse o ministro da Agricultura, Han Changfu, em discurso na quinta-feira. Isso ajudará 33.000 famílias rurais a sair da pobreza, disse ele.

Os surtos de peste suína africana reduziram o rebanho suíno do país e elevaram os preços da carne suína ao mais alto de todos os tempos. Embora a China esteja importando quantidades recordes de carne, o governo disse que precisa aumentar a produção doméstica para atender à demanda. Muitos agricultores foram afetados pela doença e abandonaram a criação de suínos por medo de contrair o vírus.

“Vamos aproveitar os bons preços atuais da carne suína e orientar as grandes empresas suinícolas a liderar os agricultores de médio e pequeno porte em áreas pobres para recuperar a criação de suínos”, disse Han.

A China pretende tirar cerca de 30 milhões de pessoas da pobreza nas áreas rurais até 2020 em um plano de três anos lançado em 2018. A China aliviou a pobreza em cerca de 10 milhões de residentes rurais em 2019, mas os esforços de alívio da pobreza ainda enfrentam dificuldades e desafios , disse o governo.

A China possui mais de 26 milhões de fazendas de suínos, das quais 99% criam menos de 500 suínos por ano, disse Wang Junxun, funcionário do Ministério da Agricultura, em entrevista coletiva na semana passada. Esses agricultores contribuíram com cerca de metade da produção anual de carne suína do país, disse ele.

É importante que esses agricultores repovoem os planteis para que o país estabilize sua produção de carne suína, disse Wang. A China pretende reviver sua capacidade de criação de suínos para níveis normais em 2021, apesar dos contínuos surtos de peste suína africana.

Fonte: Suinocultura Industrial