Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá avaliaram a aplicabilidade dos sistemas CRISPR-cas  em culturas hortícolas, como frutas, legumes, flores e plantas medicinais e aromáticas. De acordo com a pesquisadora Alessandra Koltun, a edição do genoma atraiu a atenção de cientistas e criadores de plantas para atender à crescente necessidade de segurança alimentar em todo o mundo.

Os cientistas afirmam que vários estudos com espécies hortícolas já foram realizados como prova de conceito, mas também abordam aspectos economicamente importantes, que mostram a aplicabilidade da técnica. Isso porque algumas culturas hortícolas ainda não possuem os requisitos básicos para a aplicação da ferramenta CRISPR-Cas.

“A expansão do conhecimento sobre culturas hortícolas permitirá a engenharia precisa e específica de características genéticas endógenas e a introdução de novas características, possivelmente reconfigurando a horticultura global e assumindo um papel de liderança na segurança alimentar”, comenta

No documento, os autores descrevem detalhadamente como funciona o CRISPR-Cas e como ele é usado na reprodução. Eles listam as culturas nas quais a edição genética bem-sucedida foi aplicada. Essas culturas e características incluem o Repolho anão, Cenoura roxa, Pepino biótico resistente ao estresse, Batata reduzida em amilose, Crescimento mais rápido, Tomate de maturação tardia e Melancia albina.

Eles mencionaram, em particular, que essas culturas desenvolvidas são modificadas, mas livres de transgenia, uma característica importante quando se considera a possibilidade de regular ou não a comercialização dessas culturas. O artigo conclui que os sistemas CRISPR-Cas são uma ferramenta poderosa para criar variabilidade genética de uma maneira precisa e específica, representando uma nova era no cultivo de culturas.

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems