A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou, na quarta (10), um estoque adicional de milho para o restabelecimento dos leilões de milho do Programa de Vendas em Balcão (ProVB) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O tema foi tratado em audiência, em Brasília. O 2º vice-presidente de Finanças da CNA, Muni Lourenço e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), demonstrou a gravidade da situação ao presidente da Conab, Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra, destacando os prejuízos já causados aos produtores do estado.

No início do ano, foram liberadas 200 mil toneladas para a venda no ProVB em todo o país, mas o estoque foi insuficiente. No caso do Amazonas, as vendas foram paralisadas no início deste mês e já impactam a produção agropecuária, fato que também vem acontecendo em outras unidades da Federação.

Muni Lourenço declara que a paralisação da comercialização de milho no Amazonas é preocupante.

“Os pequenos e médios produtores e criadores, que dependem desse fornecimento para a manutenção de suas atividades, estão tendo que comprar o milho nos estabelecimentos revendedores por preço que chegam a quase o dobro do valor comercializado pelo ProVB”, destaca.

O presidente da Conab informou que o Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) já aprovou o fornecimento de mais 100 mil toneladas de milho para a venda por meio do ProVB em todo o Brasil.

“Apesar disso, é necessário aguardar a aprovação e publicação no Diário Oficial da União de uma Resolução do Ciep e da Portaria Interministerial que detalha a venda. Antes disso, por questões legais, não é possível comercializar os estoques de milho no âmbito do ProVB, mesmo que haja nos armazéns”, afirmou.

Também participaram da reunião o coordenador de Assuntos Estratégicos da CNA, Joaci Medeiros, e o diretor de Abastecimento da Conab, Fernando Costa Fonseca.

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)