Diante do aumento dos custos de produção e da queda de preços no mercado de suínos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou nesta segunda-feira (09/04) ao Ministério da Fazenda ofício com um pedido para que sejam tomadas medidas emergenciais de amparo ao setor da suinocultura.

No documento, a entidade pede leilões no formato de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de 500 mil toneladas de milho para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No VEP, o governo paga uma subvenção, chamada de prêmio, para que o produto seja destinado a uma região que precisa de abastecimento.

“Se essa proposta for atendida, os produtores de aves e suínos que mais demandam esse grão ganhariam fôlego até outubro”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.

Outra medida foi a reestruturação da venda de milho balcão para 40 toneladas mensais por cadastro, com aprimoramento dos critérios para o acesso ao programa, como a retirada dos limites de renda bruta anual.

Victor explica que um suinocultor de 100 matrizes consome 41,6 toneladas de milho mensais, portanto, os atuais limites de 14 toneladas por cadastro amparam apenas granjas com produção de subsistência e não as de produção comercial.

E por fim, a Confederação também propôs o retorno da linha de crédito de custeio para a retenção de matrizes suínas. “A medida é necessária para proporcionar capital de giro necessário por alguns meses para o produtor manter suas contas em dia”.

Junto com o ofício, foi entregue uma nota técnica com o detalhamento das propostas e dados do atual cenário do setor, como a elevação dos custos com alimentação animal e desvalorização da carne suína no mercado.

Participaram da reunião o secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Ivandré Silva, o presidente da Comissão da CNA, Iuri Machado e representantes da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos.

Leia o documento na íntegra:  Nota Técnica sobre Propostas de políticas públicas para superar a crise da suinocultura brasileira

FONTE: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR