Com seu perfil historicamente inovador, a Cocamar, que completa 56 anos de fundação no dia 27 de março, avança em uma série de novos projetos industriais, com destaque para a soja, a principal commodity da cooperativa, onde é a matéria-prima para a elaboração de produtos como óleo comestível e farelo. No ano passado, o grão ganhou mais uma destinação, o biofluid – um óleo próprio para transformadores – e a lista tende a crescer. O objetivo é agregar mais valor à soja e ao também ao milho, itens entregues pelos produtores cooperados.

Poliol – Entre os estudos em desenvolvimento, a aplicação da soja como “petróleo verde” é um dos mais promissores. A Cocamar analisa a possibilidade de obter o poliol, um derivado do óleo de soja que apresenta em sua versão vegetal diversas vantagens em relação ao similar obtido da indústria petroquímica, sendo empregado em forma de “espuma” nos segmentos automotivo, refrigeração, colchões, estofados e outros.

Mudança – O poliol é uma matéria-prima renovável e ambientalmente correta: a partir do óleo de soja, gera menos resíduos ao ser produzido e a quantidade de energia necessária no seu processo de conversão é menor. Segundo especialistas, esse tipo de poliol pode provocar uma mudança positivamente radical na indústria de construção civil, tratamento de efluentes, tintas, cosméticos, equipamentos esportivos e muito mais.

Pioneirismo – A soja fez da Cocamar uma cooperativa de vanguarda no Brasil. Em 1971, a organização construiu em Maringá o primeiro armazém graneleiro com fundo em “V”, do Paraná, que impulsionou o cultivo regional da oleaginosa. E, em 1979, a Cocamar foi a primeira cooperativa do Brasil a implantar um parque industrial para processar a soja entregue pelos cooperados e, com isso, agregar valor à produção. A verticalização aumentou em 1981, quando o óleo de soja chegou aos supermercados. Outra inovação importante ocorreu em 1984, ano em que a cooperativa foi a primeira empresa do país a quebrar uma paradigma. Os óleos, antes vendidos em embalagens de flandres (lata), passaram a ser apresentados em recipientes de PVC biorientado (antecessores das atuais PET). “A Cocamar escreveu sua história, ao longo de seus 56 anos, com pioneirismo e muita inovação”, afirma o presidente Divanir Higino.

Polímeros – Já com outra commodity, o milho, a Cocamar analisa a possibilidade de evoluir para a produção de polímeros à base do cereal, que são uma alternativa ao bisfenol A, substituindo-o na fabricação de embalagens plásticas de alimentos, entre outros itens. Segundo a cooperativa, esse novo polímero é importante tanto pelo fato de ser proveniente de insumos da biomassa, como também por substituir o bisfenol, que está sendo banido de muitos países, inclusive o Brasil.

São muitas as novidades – As novidades em inovação são muitas na Cocamar. Durante a realização do Safratec, a mostra tecnológica para o agronegócio regional, promovida pela cooperativa no mês de janeiro em Floresta (PR), foi relançado um aplicativo de smartphone pelo qual, entre outros serviços, o produtor cooperado pode fazer a comercialização de sua safra. A mesma ocasião marcou o início do e-commerce, em que os cooperados começam a se utilizar desse meio para fazer a aquisição de insumos.

Unidades – O e-commerce tende a conquistar espaço na forma de negócios da cooperativa com os cooperados e clientes da linha do varejo. O objetivo é utilizar estruturas de unidades operacionais como centros de distribuição para o atendimento do comércio local, entre os quais supermercados e restaurantes. Nessa linha, a intenção quanto às duas unidades do Shopping Cocamar – em Maringá (PR) e Naviraí (MS) – é intensificar as vendas presenciais e online.

Energia – Já no ano passado, a Cocamar começou a implantar sistemas de geração de energia fotovoltaica em suas unidades operacionais e também na Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) em Floresta. A ideia é completar 11 estruturas ainda neste mês de março. A propósito do tema energia, a cooperativa, que detém em seu parque industrial uma usina de cogeração com capacidade para 13 megawatts (MW), planeja incentivar os cooperados a aproveitarem o potencial oferecido em suas propriedades, para implantar microcentrais hidrelétricas (MCH), reduzindo assim os seus custos com energia elétrica.

Telemetria – Outra novidade que estará sendo levada em breve aos cooperados é um moderno sistema de telemetria, possibilitando o controle, de forma remota, do desempenho dos operadores de máquinas agrícolas. É algo semelhante ao que a cooperativa introduziu em 2018 para acompanhar o comportamento dos colaboradores que dirigem veículos leves da sua frota.


Fonte:
Imprensa Cocamar