O USDA divulgou novas perspectivas quanto à oferta e demanda de milho para a safra 2018/19, trazendo um recuo de 0,35% para a produção mundial, que passa a ser estimada em 1.052,4 milhão de toneladas.

No entanto, mesmo com a expectativa de uma produção mundial menor e sem grandes modificações quanto à demanda, as cotações do milho na CME não apresentaram força durante a semana. Isso porque, apesar de o departamento não ter alterado a produção dos EUA, estimada em 356,6 milhões de toneladas, a última divulgação do relatório de acompanhamento de safra trouxe que 78% das áreas estão em boas e excelentes condições, contra 67% no mesmo período do ano passado.

Dado a isso, a expectativa de uma safra com desenvolvimento satisfatório nos EUA tem impactado nas cotações da CME, que já acumulam uma desvalorização de 5,0% nesta primeira quinzena de junho, sendo mais um fator que pode vir a limitar as negociações mato-grossenses no decorrer do mês.

Confira os principais destaques do boletim:

• Devido às incertezas geradas pelo novo tabelamento do frete rodoviário, o mercado de milho em Mato Grosso continua sem ofertas de preço pela segunda semana consecutiva.

• As cotações na CME – Group para jul/18 exibiram queda de 2,64% e cotação média de US$ 3,69/bu, pautadas pelo bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas e as incertezas comerciais entre a China e os EUA.

• O dólar exibiu queda de 1,63% e fechou a semana com cotação média de R$ 3,74/US$, devido, principalmente, à atuação do Banco Central no mercado cambial.

• A colheita de milho para a safra 17/18 apresentou avanço de 4,20 p.p. nesta semana, alcançando 6,23% da área estimada em MT.

EMBARQUES DE MILHO:

A Secex divulgou na última semana os dados das exportações de milho para a safra 2016/17, referentes ao mês de maio. No Brasil o volume embarcado foi de apenas 56,8 mil toneladas, apresentando uma redução de 50,5% em relação ao mês anterior, o que é comum neste período de entressafra.

Mato Grosso, por sua vez, deteve participação de 97,1% desse volume, possibilitando ao Estado uma receita de US$ 9,09 milhões no último mês. Com isso a exportação da safra 16/17 está próxima do fim, sendo esperado que a nova safra comece a ser escoada aos portos a partir do mês de julho, período em que tradicionalmente a colheita ganha força no Estado.

Nesse sentido, em decorrência de uma produção menor, o Imea prevê que as exportações deste novo ano agrícola sejam reduzidas em 22,8% quando comparadas ao recorde observado na safra 16/17.Com isso, fica previsto que na safra 17/18 o Estado envie um volume de 15,68 milhões de toneladas de milho ao exterior.

Fonte: IMEA