Em agosto a cotação do milho na bolsa de Chicago exibiu uma média de US$ 3,60/bu para set/18. Apesar de os últimos dias terem apresentado queda, a primeira quinzena foi marcada pela recuperação dos preços, o que proporcionou uma valorização de 3,0% na média trabalhada do mês.

Os fundamentos de baixa mais relevantes neste momento se devem à perspectiva de safra recorde nos EUA, aliados aos embates comerciais entre a China e os EUA. Do lado altista, os aspectos relevantes que merecem atenção é o fortalecimento da demanda pelo milho norte-americano, principalmente após o acordo comercial entre os EUA e o México, além da valorização do trigo.

Assim, para os próximos meses é de suma importância o acompanhamento dos principais fatores que vêm influenciando as cotações no mercado externo, visto que qualquer alteração fundamentalista pode trazer impactos nos preços do cereal em MT.

Confira os principais destaques do boletim:

• A demanda do milho no mercado interno permanece firme e com isso o preço do cereal mato-grossense apresentou um aumento de 1,60% nesta semana, fechando com cotação média de R$ 22,99/sc.

• Ainda devido à perspectiva de ampla oferta de milho na safra dos EUA, as cotações na bolsa de Chicago encerraram esta semana com queda de 2,74% para set/18 e 2,06% para jul/19.

• A relação frete/milho finalizou a semana com recuo de 2,27 p.p. devido, sobretudo, a valorização do cereal.

• Perto do fim, a colheita de milho em Mato Grosso exibiu um avanço semanal de 0,11 p.p., alcançando 99,92% da área estimada para a safra 17/18.

O PESO DO DÓLAR:

O dólar é um forte indicador na formação dos preços do milho mato-grossense e na sua competitividade no mercado mundial, o que demanda atenção as suas oscilações.Diante do atual cenário externo e incertezas na política brasileira, a valorização da moeda norte americana já acumula 2,86% no mês de agosto.

Base-ada em um dólar mais fortalecido, a paridade para expor-tação do milho vem aumentando conforme a moeda, mesmo após o recuo do cereal na CME durante os últimos dias.

Para se ter uma ideia, para jul/19, a paridade fechou o mês de agosto com um incremento de 8,62% e cotação média de R$ 22,06/sc. Este valor está R$ 7,76/sc mais valorizado em relação ao que foi visto no mesmo período do ano passado.

No entanto, até quando o dólar deve continuar “segurando as pontas” da paridade? E alem disso preocupação quanto ao frete rodoviário continua sendo um fator de atenção no momento de realizar novos negócios.

Fonte: IMEA