De acordo com o boletim do IMEA (Instituto Mato-Grossesne de Economia Agropecuária), a melhora nas cotações de soja no mês de março continuou impulsionando a comercialização da oleaginosa no Estado, que, após um avanço mensal de 9,85 p.p., totaliza 71,47% da safra 17/18 já comprometida. Neste momento, após um atraso ao longo dos últimos meses, a evolução das negociações se recupera, e fica à frente do mesmo período para a safra 16/17.

Em relação às cotações, o preço médio mensal fechou em R$ 63,45/sc, alta de 3,97% em relação ao mês passado.
Essa valorização acabou puxando o preço médio ponderado, que alcançou R$ 59,41/sc. No entanto, apesar do aumento, este indicador apresenta uma retração de 4,05% em comparação com o dado consolidado da safra 16/17. Em valores absolutos, a safra 17/18 segue negociada a R$ 2,51/sc a menos que na safra passada.

Confira os principais destaques do boletim:

• O preço da oleaginosa em Mato Grosso finalizou a semana registrando um avanço de 3,97%, com preço médio de R$ 65,56/sc. No mesmo período do ano passado registrava R$ 49,42/sc.

• O dólar fechou a semana com alta de 0,78%, sendo cotado a R$ 3,35/US$. Tal avanço se deve, dentre outros fatores, aos desdobramentos da ordem de prisão do ex-presidente Lula.

• A exportação de soja no Estado apresentou um progresso de 173,85% ante o mês passado, encerrando mar/18 com 3,41 milhões de toneladas embarcadas.

• A colheita de soja em MT alcançou o total de 99,51%, mostrando um avanço de 1,96 p.p. ante a semana passada.

QUAIS SERÃO OS IMPACTOS?

Em resposta às ações dos Estados Unidos de sobretaxar produtos chineses, na última semana o governo da China divulgou a intenção de tarifar uma série de produtos norte-americanos, dentre eles, a soja.

Na safra passada, as exportações americanas da oleaginosa somaram 58,1 milhões de toneladas e o país asiático representou 62,2% destes envios, demonstrando a importância da China para a cultura no país. No entanto, cabe salientar que a lista divulgada ainda não tem data para vigorar.

Caso estas sanções sejam impostas de fato, isso pode trazer grandes modificações tanto nas exportações do país quanto no cenário mundial, visto que os Estados Unidos figuram como segundo maior fornecedor mundial de soja. Estas incertezas vêm gerando instabilidades no mercado, trazendo reflexos diretos às cotações na CME e ao prêmio pago nos portos brasileiros, deixando os produtores na expectativa de qual será o “desfecho” deste cenário.

Fonte: Imea