A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.

De acordo com o levantamento a projeção de produtividade média segue mantida no patamar da semana anterior, 52,3 sacas por hectare, o que resultara em uma produção total de 6,285 milhões de hectares.

Essas atividades de colheita do cereal seguem progredindo e subiram dos 58% da semana passada para 70% até a última sexta-feira (27). No mesmo período do ano passado, a colheita já estava em 64,1% do total.

Na avaliação da qualidade das lavouras, a Famasul manteve apenas 1% das lavouras como em boas condições, 36% em regulares e os outros 63% sendo avaliadas como ruins, mesmos índices do reporte anterior.

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

“No início da 2ª safra de milho 2020/2021 havia a expectativa de um volume 9,013 milhões de toneladas de grãos e uma produtividade média de 75 sc/ha. Entretanto, a ocorrência de adversidades climáticas nas principais regiões produtoras do estado, em especial o reduzido volume de chuvas, afetaram diretamente o desenvolvimento fenológico e a granação do milho, levando a maioria das lavouras a serem enquadradas na classificação “regular e ruins”. Entre os dias 27 de junho a 01 de julho, as regiões centro, oeste, sul, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, também foram afetadas por geada. Diante destes fatos, espera-se uma quebra de 2,722 milhões de toneladas diante da produção inicial”, diz a entidade.

Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul apresentou desvalorização de 4,13% entre 23 e 30 de agosto de 2021. O cereal encerrou o período negociado a R$ 87,00. Na comparação dentro do mês, a saca recuou 6,45% do começo de agosto até o final.

“A combinação de volatilidade nas cotações externas com pressão de baixa, dólar desvalorizando e avanço da colheita pressiona o preço do cereal no mercado interno”, explica a Famasul.

Por outro lado, em agosto o valor médio foi R$ 91,10/sc, o que representou alta de 98,04% em relação ao valor médio de R$ 46,00/sc no mesmo período de 2020.

Fonte: Notícias Agrícolas