O Imea divulgou em seu último boletim (22/06) os custos para a produção do milho de alta tecnologia da safra 18/19 no Mato Grosso, referentes ao mês de maio. Diante disso, o custo operacional exibiu R$ 2.309,50 por hectare, o que representa um acréscimo de 0,55% em relação à última divulgação. Dentre os fatores que mais causaram impacto nos custos do mês de maio, se destacam os defensivos e os macronutrientes, que exibiram crescimento de 2,23%, e 0,40%, respectivamente.

Tal aumento foi influenciado, principalmente, pela valorização do dólar ante o real, em consequência tanto do aumento da taxa de juros e inflação norte-americana, quanto dos embates comerciais entre a China e os EUA.

Assim, diante da alta do dólar nos últimos meses, é importante estar atento quanto aos seus impactos no custo de produção, visto que o Brasil está próximo do período das eleições e que, diante das incertezas, ainda pode dar continuidade à volatilidade da taxa de câmbio.

Confira os principais destaques do boletim:

• Em razão das incertezas quanto ao tabelamento do frete rodoviário, o mercado de milho mato-grossense ainda prossegue sem ofertas de preços.

• As cotações do milho na CME – Group continuam apresentando queda devido às tensões comerciais entre os EUA e a China e as excelentes condições das lavouras norte americanas. Com isso os preços exibiram recuo de 3,62% nesta última semana.

• Devido à desvalorização na Bolsa de Chicago nesta última semana, a paridade de exportação para jul/18 exibiu queda de 3,67% e cotação média de R$ 20,57/sc.

• O dólar apresentou alta de 0,53% e fechou a semana com cotação média de R$ 3,76/US$, ainda de olho no cenário externo e nas intervenções do Banco Central

EM ANDAMENTO

Nesta semana a colheita de milho em Mato  Grosso para a safra 17/18 avançou 6,34 p.p. e, com isso, já alcança 12,57% do total da área estimada. Assim, as regiões que apresentam maior avanço neste momento são a médio norte, oeste e noroeste, com 20,18%, 11,75% e 10,18%, da área prevista, respectivamente.

Devido ao travamento dos trâmites logísticos da soja no Estado, gerado pelas indecisões que ainda pairam quanto à tabela do preço mínimo do frete rodoviário, há relatos de preocupações quanto ao armazenamento do cereal nas próximas semanas, período em que a colheita ganha força no Estado.

Nesse sentido, alguns produtores têm desacelerado o ritmo da colheita, o que colaborou para o atraso de 7,12 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, os trabalhos continuam em linha quando comparados aos da média dos últimos cinco anos. Sendo assim, este é um fator de atenção a ser acompanhado no avanço da colheita nas próximas semanas.

Fonte: IMEA