A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.

De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares.

Já a produtividade foi reduzida novamente, desta vez para 52,3 sacas por hectare, um patamar 40,8% menor do que o da safra passada, após começar no patamar de 75 sacas. Com isso, a produção final também cai para 6,285 milhões de toneladas, diante da projeção inicial de 9,013 milhões.

“A ocorrência de adversidades climáticas nas principais regiões produtoras do estado, em especial o reduzido volume de chuvas, afetaram diretamente o desenvolvimento fenológico e a granação do milho, levando a maioria das lavouras a serem enquadradas na classificação “regular e ruins”. Observou-se a campo, lavouras com espigas com má formação, plantas que não desenvolveram, estandes irregulares, dentre outros problemas que afetaram diretamente o potencial produtivo da cultura”, explica a Famasul.

Diante deste cenário, apenas 1% das lavouras foram avaliadas em boas condições, 36% são regulares e os outros 63% foram avaliadas como ruins.

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

Olhando para a colheita, o relatório aponta que o Mato Grosso do Sul colheu até aqui apenas 4,1% do total semeado até a última sexta-feira (23).

“A operação de colheita do milho iniciou na semana retrasada em áreas pontuais do estado. A colheita segue com atraso de 3 semanas, quando comparada a safra passada”, diz a publicação.

Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul apresentou estabilidade entre 19 e 26 de julho de 2021. O cereal encerrou o período negociado a R$ 88,13. Já no mês de julho como um todo, houve valorização de 4,44% na saca do cereal.

“Esse comportamento demonstra que a condição de menor produção segue sustentando os preços”, aponta a entidade.

Fonte: Notícias Agrícolas