O cooperativismo catarinense – estruturado no campo e na cidade – continua em ascensão e cresceu 36,54% no quadriênio 2014-2017, mantendo uma média de 9,1% ao ano no período em que a economia brasileira sofreu forte recessão, de acordo com levantamento da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC). A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 263 cooperativas catarinenses reúnem mais de 2,2 milhões de associados, mantêm 60,5 mil empregos diretos e faturaram R$ 32,6 bilhões de reais no último ano.

Ao apresentar avaliações e projeções, o presidente Luiz Vicente Suzin e o superintendente Neivo Luiz Panho destacaram que, em 2017, o setor investiu na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de colaboradores, dirigentes e associados.

Na avaliação do presidente, “as cooperativas enfrentaram o cenário de dificuldades que surgiu em 2015 e se projetou em 2016 e 2017 com racionalização da gestão, otimização dos processos e elevação do grau de excelência em produtos e serviços. Manter posição no mercado foi a palavra de ordem.”

A receita operacional bruta do setor cooperativista catarinense cresceu 2,67% em 2017 e atingiu R$ 32 bilhões 695,6 milhões de reais. O crescimento ficou abaixo do incremento obtido no ano anterior (15%), mas, mesmo assim, Suzin destacou aspectos positivos do exercício de 2017.

“De regra, não houve redução do quadro funcional (empregados) nem diminuição do quadro social (cooperados) e a receita operacional bruta manteve o mesmo patamar. Há sinais claros que a reversão da crise já iniciou. A retomada do crescimento, entretanto, será lenta e gradual com forte dependência de um componente político: as eleições de 2018. Grande parcela da sociedade deposita nas eleições suas esperanças de estabilização política e econômica do País. As cooperativas intensificam os esforços de qualificação, requalificação e capacitação de dirigentes e colaboradores através do Sescoop para elevar seu nível geral de eficiência, buscando reduzir cada vez mais a eventual dependência de programas e políticas públicas.”

QUADRO SOCIAL

O quadro social teve uma expansão de 8,59%, alcançando 2 milhões 294,7 mil pessoas. Consideradas as famílias cooperadas, isso significa que metade da população estadual está vinculada ao cooperativismo. Os dirigentes destacaram o crescimento do quadro social no segmento de jovens e mulheres. O número de jovens até 25 anos que se associaram às cooperativas teve um crescimento de 10% no ano passado, chegando a 348.783. Hoje, 15,6% do total geral de associados pertencem a essa faixa etária jovem.

Suzin e Panho destacaram que cresceu em 13,6% a participação da mulher no quadro social das cooperativas de SC. Atualmente, 40% dos associados são do sexo feminino, índice que representa 909,5 mil pessoas.

O quadro geral do desempenho das cooperativas revela que, em 2017, o número total de empregados diretos aumentou 5%, passando a 60.532 colaboradores.

Em 2017, as cooperativas catarinenses recolheram R$ 2 bilhões 555 milhões de reais em tributos, sendo R$ 1,861 bilhão de reais de geração de impostos sobre a receita bruta (crescimento de 3,3%) e R$ 693,4 milhões de reais de geração de contribuições sobre a folha de pagamento de salários (aumento de 6,3%).

O movimento econômico mais expressivo é gerado pelas cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte.

RAMOS

As 51 cooperativas agropecuárias representam 63% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 71.648 cooperados e um quadro funcional de 39.883 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 20 bilhões 078 milhões de reais.

O ramo de crédito apresenta o maior número de associados e a segunda posição em movimento econômico. As 61 cooperativas de crédito reúnem 1 milhão 560 mil cooperados, mantêm 8.260 empregados e movimentaram R$ 5 bilhões 384 milhões de reais no último ano.

O ramo de saúde, com 30 cooperativas e 11.909 associados, faturou R$ 3 bilhões 600 milhões de reais.

O ramo de transporte, formado por 45 cooperativas, teve R$ 1 bilhão 598 milhões de reais de movimento, beneficiando 7.592 cooperados.

No ramo de infraestrutura atuam 34 cooperativas de eletrificação rural com 327.817 associados. Em 2017, essas cooperativas faturaram R$ 905,8 milhões de reais.

As 12 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 306.364 associados, faturaram R$ 1 bilhão 087 milhões de reais no ano passado.

Os ramos de trabalho, produção, habitacional, mineral, especial e educacional, mesmo com menor expressão econômica, são instrumentos para a promoção de renda às pessoas físicas, que organizadas na forma de cooperativas prestam serviços especializados aos mais diversos segmentos da sociedade. São 30 cooperativas formadas por 8.605 cooperados que, em 2017, geraram R$ 41 milhões de reais em receitas.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Luiz Suzin e Neivo Panho também informaram que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP/SC), vinculado à OCESC, investiu, em 2017, R$ 29 milhões de reais para ações de formação profissional, promoção social e outras atividades, num total de 2.443 eventos e programas, que atenderam 163,5 mil pessoas – entre associados, empregados, dirigentes de cooperativas e estudantes.

NÚMEROS DO COOPERATIVISMO DE SC
Força do cooperativismo catarinense:

263 cooperativas catarinenses.

Reúnem 2.294.724 associados/cooperados.

(MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO ESTÁ VINCULADA AO COOPERATIVISMO)

Mantém 60.532 empregados.

Faturam R$ 32 bilhões 695,6 milhões de reais por ano.

Receita operacional bruta das cooperativas de SC em 2017:
R$ 32 bilhões 695,6 milhões de reais.

Crescimento em 2017: 2,67%.

Receita dos principais ramos do cooperativismo e sua participação sobre a receita total em 2017:

Agropecuário: R$ 20 bilhões 078 milhões de reais. (61% do total do movimento econômico das cooperativas catarinenses)

Crédito: R$ 5 bilhões 384 milhões de reais. (17%)

Saúde: R$ 3 bilhões 600 milhões de reais. (11%)

Transporte: R$ 1 bilhão 598 milhões de reais. (5%)

Consumo: R$ 1 bilhão 087 milhões de reais. (3%)

Infraestrutura: R$ 905,8 milhões de reais. (3%)

 

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional