Uma nova praga, um híbrido entre a Lagarta do milho (Helicoverpa zea) e a Helicoverpa armigera foi confirmada no Brasil. A informação foi divulgada pelo site Feed Stuffs.

Pesquisadores da Austrália confirmaram a hibridização de duas das principais espécies de pragas de culturas do mundo em uma nova “mega-praga”, de acordo com a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Austrália (CSIRO).

Uma das pragas – a lagarta do algodão – é disseminada na África, Ásia e Europa e causa danos a mais de 100 culturas, incluindo milho, algodão, tomate e soja. A praga já desenvolveu resistência a todos os pesticidas usados ​​contra ela, disse a CSIRO. O custo dos danos e controle das pragas é de bilhões de dólares por ano.

O outro parasita do milho é nativo das Américas e tem uma resistência comparativamente limitada, observou o CSIRO. No entanto, a combinação das duas, poderá atingir limites geográficos ilimitados e é motivo de grande preocupação.

Os pesquisadores do CSIRO, em um artigo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, fornecem evidências claras da hibridização das duas pragas no Brasil. “Um híbrido como este poderia passar completamente despercebido se invadisse outro país”, disse o Dr. Paul De Barro, diretor de pesquisa do Programa de Avaliação e Prontidão de Biossegurança da CSIRO.

Os cientistas confirmaram que, entre o grupo de lagartas estudado, cada indivíduo era um híbrido. “Não há dois híbridos iguais, sugerindo um ‘enxame híbrido’ em que múltiplas versões de diferentes híbridos podem estar presentes em uma mesma população”, disse o cientista Tom Walsh, da CSIRO.

De acordo com o CSIRO, uma constatação preocupante entre os híbridos brasileiros foi que um deles incluía um gene de resistência conhecido da lagarta. “Além do impacto já sentido na América do Sul, estimativas recentes de que 65% da produção agrícola dos Estados Unidos está em risco de ser afetada pela praga híbrida”, disse Anderson.

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Tradução equipe Suino.com