Na última sexta-feira (18/05) o Imea divulgou em seu boletim, o volume de soja esmagada no mês de abril em Mato Grosso. No somatório, as fábricas registraram um esmagamento de 904,75 mil toneladas, aumento de 2,49% ante o mesmo período do ano passado, enquanto que, em comparação ao mês de abril, leve queda de 0,96%, e, no acumulado do ano, até o momento foram processadas 3,30 milhões de toneladas.

Apesar da pequena retração ante a março, as fábricas continuam em ritmo acelerado, devido, principalmente, aos preços do farelo, que seguem elevados no mercado internacional, por causa da quebra da produção argentina de soja, o maior fornecedor de farelo no mercado mundial.

Com esse cenário, de margens brutas superiores às observadas no último ano, espera-se que o esmagamento permaneça em um ritmo firme, próximo ao observado nos últimos meses.

Confira os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea fechou a semana a R$ 69,84/sc, registrando um avanço de 1,25%. A valorização ocorreu, principalmente, pela ascensão do dólar nos últimos dias.

• O dólar registrou um avanço de 2,93%, fechando a semana com média de R$ 3,69/US$, influenciado pela economia norte-americana e a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic a 6,5% ao ano.

• O contrato para jul/18 da CME recuou 0,83%, encerrando com média de US$ 10,06/bushel.

• O preço paridade mar/19 fechou a última semana com valorização de 2,00%. Apesar de a
CME encerrar em baixa, a taxa de câmbio foi determinante para alta

VALORIZAÇÃO DO GRÃO:

A comercialização da safra de soja 17/18 apresentou melhoras nos preços da oleaginosa no
último mês, puxadas pelo prêmio nos portos e taxa de câmbio, favorecendo as negociações da oleaginosa no Estado e alcançando 79,68% do volume já negociado.

Já para a safra 18/19, da qual o mercado inicia os primeiros reportes, a comercialização começa acelerada, alcançando 13,97% do volume previsto para a safra já comercializado, atingindo a máxima das últimas cinco safras. Esta evolução deve-se, principalmente, à valorização da oleaginosa, cujo preço médio foi de R$ 68,95/sc, aumento de 23,5% se comparado com o do início das vendas da safra atual.

Sendo assim, analisando todo o cenário, desde mercado climático, câmbio, CME e embate comercial entre EUA e China, para os próximos meses, o produtor deve estar atento para realizar as melhores negociações, garantindo travamento dos custos da próxima safra.

Fonte: Imea