Nesta semana, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgou os novos dados referentes à comercialização de soja no Mato Grosso. Para a safra 2016/17, após um avanço mensal de 0,43 p.p., a comercialização chega ao fim durante o mês de fevereiro. A evolução dos negócios foi marcada pela retração dos preços ao longo do ano passado, retardando o andamento da comercialização, a partir de fevereiro de 2017, para a mínima registrada das últimas cinco safras.

Deste modo, o preço médio ponderado para a safra fechou em R$ 61,9/sc. Em relação à safra 2017/18, o preço da soja na CME Group gerou boas oportunidades durante o mês de fevereiro, com as negociações avançando 13,2 p.p. no período, totalizando 61,62% da produção estimada comprometida.

Apesar desta fluidez, as vendas encontram-se 9,23 p.p. abaixo da média das últimas cinco temporadas. Com relação aos preços, a média mensal fechou em R$ 61,03/sc, e o preço médio ponderado pela comercialização até o momento ficou em R$ 58,76/sc.

• Na semana anterior o preço da soja disponível em MT encerrou em alta, com preço médio de R$ 62,55/sc e valorização de 2,43%, devido, sobretudo, à valorização do contrato CME mar/19.

• O preço para paridade mar/19 em Mato Grosso fechou com recuo de 5,82%, média na semana de R$ 54,28/saca, devido, principalmente, à retração do dólar.

• A taxa de câmbio encerrou a última semana com recuo de 0,27%, e cotação média de R$3,25/U$SS, devido, sobretudo, ao cenário político interno e novos dados do mercado de  trabalho americano.

• A margem bruta do esmagamento registrou uma queda de 6,40% na última semana, puxada, principalmente, pela alta do valor do grão e queda na cotação do farelo no período.

Reajustes

O novo relatório de OeD (oferta e demanda) para março de 2018 divulgado pela USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) trouxe novos números para os principais produtores mundiais de soja. Para os EUA as alterações foram tímidas, uma redução no volume exportado de 1,7%, agora previsto em 56,20 milhões de toneladas.

Já o Brasil teve sua produção ajustada, de 112,0 milhões para 113,0 milhões de toneladas, e a exportação e o consumo interno apresentaram aumento de 2,17% e 1,86%, respectivamente.

A Argentina, que vem passando por problema climático, teve um corte na produção de 13,0%, de 54,0 milhões para 47,0 milhões de toneladas. No entanto, a Bolsa de Cereales  a Argentina, na última quinta-feira, reduziu a produção prevista para o país, de 47,0 milhões para 42,0 milhões de toneladas, deixando este número ainda em aberto.

Porém, diante dos números divulgados pela USDA, após o mercado absorver as informações, o movimento na sexta-feira foi de realização de lucros diminuindo a exposição.

Fonte: IMEA