O comércio internacional foi o centro das discussões no primeiro dia do 22º Congresso Mundial da Carne, realizado esta semana em Dallas, Texas, nos Estados Unidos. Organizado pelo International Meat Secretariat e pela US Meat Export Federation (USMEF), o evento reúne mais de 700 participantes de pelo menos 48 países diferentes.

À medida que as negociações do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) se aquecem e os Estados Unidos continuam as negociações comerciais com a China, numerosos palestrantes mencionaram a importância do comércio, colaboração e comunicação e também da concorrência. A informação é do site Feed Stuffs.

Durante as observações de abertura, Philip Seng, ex-presidente do International Meat Secretariat e diretor executivo emérito da USMEF, alertou contra o protecionismo que está surgindo atualmente. “O protecionismo está aumentando rapidamente. Precisamos fazer algo, porque, na minha opinião, o protecionismo é o inimigo da agricultura e do comércio”, disse Seng.

O ministro argentino da agroindústria, Luis Miguel Etchevehere, observou que sua nação sabe muito bem o impacto negativo que o protecionismo impõe aos produtores agrícolas e reverter esse dano é uma prioridade para o presidente Mauricio Macri, eleito em 2015 em uma agenda pró-comércio.

“Eu venho de um país onde um ex-governo proibiu a exportação de carne bovina por causa de uma política demagógica que visava ter carne bovina muito barata por muitos anos”, explicou Etchevehere. “Isso gerou uma redução de 12 milhões de cabeças em nosso rebanho de gado de corte, e foi um grande erro. Quando o presidente Macri chegou, ele fez o oposto. Abriu a economia e continuamos a trabalhar na abertura de mercados, porque sabemos que precisamos ter acesso a mercados suficientes para que nossa indústria atinja todo o seu potencial”.

Seng observou que os acordos comerciais, como o NAFTA têm sido muito mais do que apenas comércio. “O que o comércio tem feito por todos nós é promover a compreensão e os relacionamentos que são tão críticos para as nações e para a agricultura”, disse ele.

Ele acrescentou: “Eu sempre usei a frase ‘nós cooperamos para que possamos competir’, e eu acho que é a essência do Congresso Mundial da Carne. Entre alguns de nós temos concorrentes, mas nós cooperamos porque temos problemas semelhantes para resolver”.

Lawrence MacAulay, ministro da Agricultura e Agroalimentar do Canadá, discutiu a importância do comércio, afirmando que ele impulsiona os negócios e a economia e é fundamental para alimentar o mundo.

Equipe Suino.com

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