A próxima revolução no campo será em virtude da ciência de dados que, aliada à Inteligência Artificial e à Internet da Coisas, levará as fazendas a um novo patamar de conexão e desenvolvimento. A afirmação é de Renato Hersz, diretor de estratégia e corporate Development daSolinftec, empresa líder em Agricultura Digital no Brasil, que se apresentou no painel “StartAgro – Inteligência Artificial – O Cérebro da Fazenda Conectada”, durante o Global Agribusiness Forum (GAF), o maior evento de agronegócios do Brasil e um dos mais relevantes do mundo.

Durante a apresentação, Hersz demonstrou como o uso da tecnologia pode impactar a análise de dados em tempo real e a assertividade das decisões de produtores. Nesse processo, a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas são essenciais para tornarem as fazendas mais inteligentes, eficientes e produtivas.

“A tecnologia já permite organizar a logística agrícola, usar menos máquinas, consumir menos combustível nos processos e utilizar os insumos de forma a evitar desperdícios. Já conseguimos tirar dúvidas do produtor, que anteriormente eram respondidas apenas por meio do instinto, sobre a análise de um conjunto impreciso e incompleto de informações. Hoje, são respondidas com o uso de tecnologia de forma automática em parcela significativa das propriedades rurais brasileiras”, exemplifica Hersz.

O diretor lembra que isso já acontece na prática porque as soluções da Solinftec estão embarcadas em dezenas de milhares de equipamentos dos maiores produtores do País. A empresa atende clientes que cobrem mais de 8 milhões de hectares. “A nossa tecnologia está em operação em diversas culturas, como a cana de açúcar, soja, milho, algodão, citros e café. No caso da cana, a empresa está presente com suas soluções em mais de 60% da cultura no Brasil, na Austrália, na África do Sul, na Colômbia, no Peru, na Guatemala e, recentemente, iniciou operações na Florida (EUA)”, comenta Hersz.

Melhorar rendimento

O executivo encerrou sua participação apresentando ao público o sistema de Inteligência Artificial Alice, desenvolvido pela Solinftec. “A Alice utiliza um sistema baseado em redes neurais e deep learning e está sendo treinada para analisar grandes massas de dados”, explica. O trabalho do sistema é detectar padrões que escapem aos olhos humanos e que possam ser utilizados para melhorar rendimento, indicar melhores práticas, comparar, alertar e ajudar a programar as atividades nas fazendas, melhorando seus resultados.

A plataforma integra dados coletados de computadores de bordo, estações meteorológicas e pluviômetros digitais, através de uma rede de transmissão de dados máquina a máquina (M2M). “Transformamos toda essa quantidade de dados em inteligência, por meio de algoritmos e softwares proprietários, ajudando os produtores a tomar as melhores decisões de acordo com as condições que estão a seu alcance, de forma rápida e certeira”, conclui Hersz.

Solinftec

A empresa foi fundada em 2007 por sete cientistas pesquisadores que trabalhavam em conjunto já havia dez anos por meio de convênios para o desenvolvimento de tecnologia de automação industrial. Ao conhecerem a operação das fazendas brasileiras e ao imaginarem o potencial impacto da automação de processos agrícolas, a migração da indústria para o campo e da academia para os negócios foi um salto. Os sócios, liderados pelo cientista Britaldo Hernandez Fernandez, perceberam que tinham uma oportunidade: desenvolver soluções tecnológicas integradas que aprimorassem todas as etapas da produção através do monitoramento em tempo real e online do que acontecia no ecossistema de produção agrícola, gerir uma fazenda como uma indústria a céu aberto.

As soluções da Solinftec estão embarcadas em dezenas de milhares de equipamentos dos maiores produtores do agronegócio do País. A empresa atende clientes como a Raízen – que tem mais de três mil equipamentos monitorados, sendo o maior sistema telemétrico de máquinas do planeta -, a Tereos, a Cofco, a British Petroloeum, estas quatro na lavoura de cana; e a Amaggi, a Bom Futuro e a Terra Santa Agro em grãos e algodão. Entre as 10 maiores empresas do setor sucroenergético, oito são clientes da empresa e entre os cinco maiores produtores de grãos e fibras, três integram seu portfólio.

Fonte: Assessoria de Imprensa
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